Sindicato considera atualização do subsídio de risco para 100 euros um “insulto aos polícias”

3 de Setembro 2021

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considerou esta sexta-feira que o aumento para 100 euros do subsídio de risco para a PSP e GNR é um “insulto aos polícias”, assegurando que não vão desistir da reivindicação.

“Este valor é um insulto aos polícias, em nada traduz aquilo que era o necessário, aquilo que corresponde à complexidade da missão policial”, lamentou Paulo Santos, em declarações à agência Lusa.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou hoje que o subsídio de risco para a PSP e GNR será aumentando para 100 euros, sublinhando que o aumento representa uma despesa anual de 50 milhões de euros e “um esforço muito significativo”.

No entanto, para os representantes dos polícias, o aumento é insuficiente e reflete a desvalorização das forças policias.

Por isso, o presidente da ASPP/PSP deixou um alerta à tutela: “Não se admire que, mais tarde, não existam candidatos suficientes para fazer parte desta família policial na PSP”.

A proposta desta associação sindical, em conjunto com a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) era a do pagamento faseado do subsídio de risco até 2024. Em janeiro de 2022 seria pago 200 euros, em 2023 aumentava para 300 euros, fixando-se em 2024 nos 430 euros.

O valor anunciado agora pelo Governo, e que já tinha sido proposto anteriormente pelo Ministério da Administração Interna, fica aquém das reivindicações sindicais e Paulo Sousa assegura que não vai desistir.

“Iremos continuar a fazer pressão junto dos grupos parlamentares para que, em sede do Orçamento do Estado, possam ajudar nesta luta”, adiantou o presidente da ASPP/PSP, acrescentando que serão discutidas formas adicionais de luta, sem precisar.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Associação Nacional de Laboratórios Clínicos diz que ULS da Lezíria prejudicará acesso dos utentes a análises clínicas caso avance com internalização

A Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL) lamenta que a Unidade Local de Saúde da Lezíria pretenda internalizar os serviços de análises clínicas, “em desrespeito dos contratos de convenções existentes e que abrangem a área de influência da ULS da Lezíria e com manifesto prejuízo dos direitos de acesso e da liberdade de escolha dos utentes que recorrem àquela unidade de saúde”.

46% das mulheres sentem que as suas dores menstruais não são levadas a sério no trabalho

No âmbito do Dia do Trabalhador a INTIMINA realizou o seu segundo Estudo sobre Menstruação e Ambiente de Trabalho para aprofundar o impacto que a baixa menstrual teve na vida das mulheres em Espanha, o primeiro país da Europa a implementar esta licença. Os resultados revelam que 46% das mulheres sentem que as suas dores menstruais não são levadas a sério no trabalho.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights