Conhecido vencedor de iniciativa que promove inclusão de jovens com psoríase

Conhecido vencedor de iniciativa que promove inclusão de jovens com psoríase

Ao saber que “falar de psoríase e conseguir a atenção das pessoas, em especial crianças e jovens, representa um desafio”, iniciativa teve como objetivo, através da expressão artística, fomentar empatia e compreensão entre um público jovem muitas vezes desconhecedor.

O concurso de talentos ‘PSOFriends – Faz uma Cena Mais Divertida’ desafiou, assim, alunos do 2.º Ciclo, 3.º Ciclo e Ensino Secundário de todo o país para vestir a pele de quem é psoriático e a refletir sobre as experiências e vivências destas pessoas no seu dia a dia.

Para Jaime Melancia, Presidente da PSOPortugal, “o balanço deste segundo ano de PSOFriends – Faz uma Cena Mais Divertida” é muito positivo. Com este projeto continuamos a apostar naquele que é um dos nossos maiores objetivos: promover o combate à exclusão social e ao preconceito contra quem é portador desta doença que em Portugal afeta mais de 400 mil pessoas, começando pelas crianças e jovens.”

O vídeo vencedor foi escolhido pelo público de entre os 10 vídeos selecionados preliminarmente pelo júri do concurso que incluía médicos especialistas, DGE e PSOPortugal.

Os 10 vídeos finalistas estiveram disponíveis para votação nas redes sociais da PSOPortugal e o vídeo com mais ‘likes’ foi o vencedor.

PR/HN/VC

ESTeSL promove 14ª Edição da iniciativa “Verão com as Ciências e Tecnologias da Saúde”

ESTeSL promove 14ª Edição da iniciativa “Verão com as Ciências e Tecnologias da Saúde”

A iniciativa destina-se a estudantes do 3º ciclo e a alunos do ensino secundário.

De acordo com a ESTeSL “Durante duas semanas, entre as 9h00 e as 17h00, os estudantes são convidados a participar em atividades interativas e laboratoriais que visam dar conhecer as tecnologias da saúde como uma área de interesse futura, tanto na passagem do 9º para o 10º ano, como no acesso ao ensino superior”.

A iniciativa visa, assim, permitir com que os participantes façam uma “escolha profissional mais informada.”

Já se encontra disponível a a modalidade de Inscrição de Verão Parcial, para os interessados em realizar apenas uma semana de atividades.

As  inscrições encontram-se disponíveis e podem ser realizadas online em formulário próprio

O dia 23 de junho é a data limite para submeter as inscrições.

PR/HN/VC

Estudo conclui que um terço dos estudantes universitários já sofreu assédio sexual

Estudo conclui que um terço dos estudantes universitários já sofreu assédio sexual

Estas são algumas das conclusões do estudo coordenado por Lara Guedes de Pinho, professora do Departamento de Enfermagem da UÉ e investigadora do Comprehensive Health Research Centre (CHRC) da academia alentejana.

“Há uma elevada percentagem de estudantes que refere que sofreram assédio moral e sexual” e estes casos estão relacionados com “um maior número de sintomas depressivos e ansiosos”, destacou hoje à agência Lusa Lara Guedes de Pinho.

Em comunicado enviado à Lusa, a UÉ indicou que o estudo concluiu que 34,8% dos estudantes do ensino superior consideram que já sofreram de assédio sexual e que 50,2% dos alunos dizem que foram alvo de assédio moral.

O estudo, com uma amostra de 3.399 estudantes, foi realizado em sete instituições de ensino superior do país, nomeadamente a UÉ, as universidades da Madeira, dos Açores, Atlântica e Fernando Pessoa e os politécnicos de Beja e Portalegre.

Metade dos estudantes inquiridos para este trabalho tem no máximo 20 anos, 80,5% menos de 23 anos e 7,2% mais de 30 anos, com o sexo feminino a representar 68% da amostra.

No estudo, foi considerado assédio sexual “qualquer comportamento ou revelação, por palavras ou ações, de natureza sexual, não pretendido pela pessoa a que se destina e que se revela ofensivo”.

Observando que “quem sofre de assédio moral e sexual tem uma pior saúde mental”, a investigadora do CHRC salientou que os casos relatados pelos alunos “acontecem mais fora” das instituições de ensino superior.

Segundo os resultados, dos estudantes que indicaram já ter sido assediados sexualmente, 91,9% dizem ter sido fora da universidade, 2,2% no espaço da instituição e 5,6% alegam que foram assediados em ambas as situações.

O trabalho mostra que os agressores mais identificados foram o pessoal não docente da universidade (14%), seguido do parceiro amoroso (10,5%), colegas de trabalho (8,1%) ou colegas da universidade (7,3%).

Já os familiares representam 6,4% e os professores surgem com 2,9%, havendo, numa análise a outros agressores, “um grande destaque” para os desconhecidos, com 33%.

De acordo com o mesmo estudo, dos alunos universitários que indicaram já ter sido assediados moralmente, 77,4% referem que o foram fora da universidade, 6,6% no espaço da instituição e 15,5% dizem que foram assediados em ambas as situações.

O estudo mostra que os agressores mais identificados foram familiares (26,7%), seguido de colegas da universidade (25,1%), colegas de trabalho (22,3%), parceiro amoroso (14,9%), com os professores a surgirem com 11%.

Neste trabalho, entende-se por assédio moral “qualquer conduta abusiva de natureza psicológica, frequente e intencional, através de atitudes, gestos, palavras ou escrita que fere a integridade física ou psíquica”.

Nas declarações à Lusa, a coordenadora do estudo explicou que este trabalho teve como foco a saúde mental dos estudantes do ensino superior, sustentando que “após a pandemia [da covid-19] a saúde mental dos estudantes agravou-se”.

O estudo “incluiu também algumas variáveis como estas do assédio moral e sexual para percebermos se afetava ou não a saúde mental dos estudantes de forma significativa”, acrescentou.

LUSA/HN

Projeto alerta para controlo da obesidade infantil

Projeto alerta para controlo da obesidade infantil

O projeto “Estou na Linha” foi desenvolvido pela autarquia, do distrito de Leiria, em parceria com a Equipa de Saúde Escolar do Agrupamento de Centros de Saúde (Aces) Oeste Norte, face à importância de “ter a noção concreta da realidade local do concelho a nível da obesidade infantil, tendo em conta que os recentes números apontam para os 30% de crianças com excesso de peso em Portugal”, justificou o presidente da Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues (PSD).

Entre os meses de janeiro e abril foram rastreadas 1.986 crianças do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, “sendo os casos considerados de risco (com IMC – Índice de Massa Corporal superior a 95) encaminhados para o respetivo médico de família”, informou a Câmara.

Os resultados do estudo, que abrangeu 82% das crianças do jardim-de-infância e 85% dos inscritos no 1.º ciclo do ensino básico, hoje divulgados, revelam que “a grande maioria das crianças do pré-escolar (78%) e do 1.º ciclo (74%) apresenta níveis normais de IMC”.

Das 502 crianças do pré-escolar avaliadas (de um total de 613 inscritas) constatou-se que “4% apresenta o percentil de peso abaixo do recomendado, 78% apresenta dentro dos valores recomendados, 13% apresenta excesso de peso e 5% apresenta obesidade”, pode ler-se numa nota de imprensa da autarquia.

No que toca ao 1.º ciclo, foram avaliados 1.484 dos 1.755 alunos inscritos, verificando-se que “3% apresenta o percentil de peso abaixo do recomendado, 74% apresenta dentro dos valores recomendados, 16% apresenta excesso de peso e 6% apresenta obesidade”.

Com base nos resultados, “18 crianças do pré-escolar, com percentil IMC superior a 95, foram encaminhadas para o médico de família” e outras cinco “encontram-se devidamente acompanhadas pelo que não foram encaminhadas”, refere a mesma nota.

Quanto aos alunos do 1.º ciclo, 85 foram encaminhados para o médico de família e seis estavam também já a ser acompanhados.

“Estes resultados são motivadores e refletem, naturalmente, todo o trabalho de promoção de alimentação saudável que a Câmara Municipal de Alcobaça tem vindo a efetuar desde 2005”, afirmou o autarca, citado na nota em que exemplifica com a distribuição de fruta nas escolas (desde 2010) e a dinamização local do projeto “Heróis da Fruta”, implementado no concelho desde 2014.

Para o presidente, “num tempo em que a alimentação e sedentarismo contribuem seriamente para estilos de vida pouco saudáveis”, cabe “aos responsáveis políticos, também como aos pais, trabalhar para inverter esta tendência”.

A obesidade infantil é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos mais sérios desafios de saúde pública, estimando-se que em todo o mundo cerca de 200 milhões de crianças em idade escolar apresentem excesso de peso, das quais 40 a 50 milhões são obesas.

Projeto de cães de assistência faz alunos de Gaia melhorar desempenho escolar

Projeto de cães de assistência faz alunos de Gaia melhorar desempenho escolar

A Lusa acompanhou uma hora na vida de cinco dos seis alunos que, voluntariamente, ao início da tarde de sexta-feira, prescindem da brincadeira para aprender com os cães da associação Ânimas e participam no projeto “Confia”, desta vez interagindo com o Zazu, um golden retriever de dois anos.

Na conversa, a diretora Manuela Carvalho apressa-se a mencionar tratar-se de “um projeto pioneiro na escola pública portuguesa”, explicando depois envolver “alunos do 3.º Ciclo e do secundário, sendo as idades entre os 13 e 16 anos”. Todos rapazes.

“Aqui, o lado emocional é muito mais estimulado e eles são outros. Há uma oposição completa entre o estar no dia-a-dia e quando estão a interagir com o Zazu, a Ervilha ou o Feijão”, acrescentou.

O psicólogo Júlio França completou: “trata-se de alunos que já tinham sido objeto de vários tipos de intervenções e os resultados não foram os pretendidos ao nível da motivação, assiduidade e relações entre eles. Este projeto surge como uma possibilidade de chegar a estes meninos através de um animal e isso promove muito a motivação e a adesão às tarefas, ao trabalho das competências socioemocionais e do conjunto de regras”.

Testemunhando que a adesão deles ao projeto “foi imediata e em termos de assiduidade muito boa”, revelou viverem atualmente outro problema, o de “haver mais alunos a querer participar”, uma vontade impraticável porque as interações com os cães “só funcionam num grupo reduzido”, disse.

Catarina Cascais é, semanalmente, quem surge às 14:00 com o cão e explicou à Lusa que o projeto pretende “trabalhar competências sociais e escolares (…) através da alteração do padrão do comportamento”.

“São alunos que entre eles não têm nenhuma ligação sem ser a que se começou a construir aqui no projeto. Aquilo que pretendemos trabalhar é uma série de benefícios ao nível da ansiedade social”, acrescentou, antes de assinalar que o facto de os cães não “julgarem” cria “um ambiente livre de julgamentos onde eles [os alunos] são capazes de trabalhar o respeito mútuo, o respeito próprio e, através da interação com o cão, trabalhar a autoestima, a metodologia, a paciência e a resistência à frustração”.

A tutora do animal sublinhou ainda que tratando-se de jovens com problemas comportamentais “a interação com o cão permite que eles baixem as suas defesas”.

“Todos eles apresentam alguns problemas comportamentais e, habitualmente, têm padrões de comportamento desajustados (…) do género faltar às aulas, disciplinares, agressões, muita falta de motivação e nós pretendemos contrariar um bocadinho isso trazendo para a escola uma atividade que seja mais lúdica, no ponto de vista deles, e depois ensinar-lhes padrões de comportamento adaptativos”, prosseguiu a voluntária da Ânimas.

Cinco meses decorridos, disse, em termos de resultados, o que tem sido reportado “é que a motivação para a escola já está a aumentar, há melhoria nas notas e uma diminuição da agressividade entre eles”, revelou Catarina Cascais.

Mais disponível para interagir com o cão do que com vontade para falar à Lusa, Filipe, de 14 anos, aluno do 8.º ano, revelou ter aprendido “a ter paciência, a ter calma, a saber esperar e a ter amor ao próximo”, enquanto ao lado, Martim, de 13 anos, aluno do 7.º ano, disse que “aprendeu a ficar calmo, a não se chatear e a não gritar nas aulas”, confessando, contudo, que isso “só acontece nos dias em que está com o Zazu”.

“Dava-me jeito ter mais vezes o Zazu na escola”, confessou antes de todos se deitarem todos no solo num abraço ao cão que fez deles um grupo com muita vontade de mudar.

LUSA/HN