29/04/2023
“Uma vez mais, Portugal fica como um dos melhores países do mundo em mortalidade infantil, 2.6 é um número extraordinário, eu sei que há a tentação de dizer que 2.6 é pior do que tínhamos conseguido no ano anterior, mas é o quarto melhor número de sempre em Portugal”, disse Pizarro.
O ministro, que falava aos jornalistas à margem de uma visita que hoje efetuou às obras do metro junto ao Hospital Santos Silva, em Gaia, lembrou que em 2010 a taxa fixou-se em 2.5, em 2020 e 2021 foi de 2.4 e, este ano, ficou nos 2.6.
Apesar da subida da taxa, o ministro da Saúde considerou que os números dos últimos anos “provam que o nosso sistema de saúde maternoinfantil está em bom funcionamento” e aproveitou a oportunidade para fazer um elogio público a todos os profissionais que têm mantido “uma qualidade de assistência materna […] que é um motivo de orgulho e satisfação e de tranquilidade para os portugueses”.
“Estamos em números muito baixos, com pequeníssimas flutuações que promovem mudanças, isso não significa que as devamos desvalorizar e que não as devamos estudar”, disse.
Segundo o ministro, os dados divulgados na sexta-feira “também têm outra boa notícia”, que é o número de nascimentos em Portugal ter aumentado mais de 4.000 no último ano. “Temos de olhar sempre para a tal taxa de mortalidade infantil, comparando o número de crianças mortas até um ano, por cada mil nados vivos. Esse número de 2.6”, sustentou.
“Estamos com flutuação muito pequenina, de décimas, que podem ter causas muito variadas, há desde logo uma causa evidente, o aumento da idade média das mães no momento do nascimento das crianças e o aumento da proporção de mães acima dos 40 anos. Já são quase 10% as progenitoras acima dos 40 anos”, frisou.
Apesar de tudo, acrescentou, “os números continuam baixíssimos”.
A taxa de mortalidade infantil aumentou em 2022, de 2,4 para 2,6 óbitos por mil nados-vivos, num ano em que o número de nascimentos aumentou 5,1%, revelam dados oficiais divulgados na sexta-feira.
Segundo os dados das Estatísticas Vitais do Instituto Nacional de Estatística (INE), morreram 217 crianças com menos de um ano no ano passado, mais 26 do que em 2021.
Os dados do INE indicam também que o número de nascimentos subiu para 83.671 em 2022, mais 5,1% do que no ano anterior, enquanto o número de óbitos baixou para os 124.311 (menos 0,4%).
“O aumento do número de nados-vivos e o decréscimo do número de óbitos determinaram o desagravamento do saldo natural [diferença entre o número de nados-vivos e o número de mortes, num dado período de tempo], de menos 45.220 em 2021 para menos 40.640 em 2022”, mas mantém-se negativo em todas as regiões.
14/04/2023
“Em março de 2023, o número de óbitos foi de 10.506, valor inferior ao registado em fevereiro de 2023 (menos 326 óbitos; -3,0%) e em março de 2022 (menos 322 óbitos; -3,0%)”, lê-se na informação que acompanha os dados mensais.
No mesmo mês, o número de óbitos devido a covid-19 subiu para 196 (mais cinco do que em fevereiro de 2023), representando 1,9% do total de óbitos.
Comparativamente com março de 2022, registou-se uma redução de 453 óbitos devido a covid-19, acrescenta o INE.
No que diz respeito aos nascimentos, o INE assinala 6.179 nados-vivos em fevereiro deste ano, menos 0,9% do que em fevereiro de 2022 (6.234).
“O número total de nados-vivos registado nos dois primeiros meses de 2023 (13.356) foi superior ao verificado no mesmo período de 2022 (12.627), representando mais 729 nados-vivos (+5,8%)”, refere o instituto.
Em fevereiro, o saldo natural (diferença entre o número de nados vivos e de óbitos) ficou em -4.641, “agravando-se em relação ao do mês homólogo de 2022, quando se registou o valor de -4 420”.
Nos primeiros dois meses de 2023, o valor acumulado do saldo natural foi -9.377, apresentando um desagravamento face ao observado no mesmo período de 2022 (-9.764).
Em fevereiro de 2023, celebraram-se 1.555 casamentos, um aumento de 11,0% relativamente ao número de casamentos realizados em fevereiro de 2022 (mais 154). Nos primeiros dois meses de 2023, celebraram-se 3.211 casamentos, mais 664 (+26,1%) do que no mesmo período de 2022.
LUSA/HN
10/07/2021
Face ao número de mortes, a nação sul-americana, com 212 milhões de habitantes, registou 1.509 vítimas mortais, totalizando 531.688 óbitos desde o início da pandemia, registada oficialmente no Brasil no final de fevereiro de 2020.
Apesar de os dados permanecerem elevados, a média móvel de óbitos e de novos casos encontra-se em queda no país, de acordo com fontes oficiais.
Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico divulgado pelas autoridades de saúde do Brasil, um dos três países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, juntamente com os Estados Unidos e com a Índia.
A taxa de incidência da covid-19 em solo brasileiro é hoje de 253 mortes e 9.051 casos por 100 mil habitantes e a taxa de letalidade está fixada em 2,8%.
São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, com 46 milhões de habitantes, é o foco interno da pandemia, concentrando 3.853.276 diagnósticos positivos de Sars-CoV-2 e 131.960 vítimas mortais.
Num momento em que o Governo brasileiro se encontra sob investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado devido a alegadas falhas na gestão da pandemia, senadores repudiaram hoje os ataques feitos pelo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, aos membros da comissão.
Em causa estão declarações prestadas na quinta-feira, em que Jair Bolsonaro se recusou a responder a um pedido de esclarecimentos sobre alegadas irregularidades na compra de vacinas feito pela CPI, afirmando que “não responderá a esse tipo de gente”.
“Eu não vou responder a esse tipo de gente. Em hipótese alguma. (…) Sabe qual a minha resposta, pessoal? Caguei. Caguei para a CPI”, disse, com dureza, o mandatário, recorrendo a linguagem considerada de baixo calão pela imprensa local e “chula” por parte dos senadores.
Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI, classificou a fala como “lamentável”.
“A resposta do Presidente não é a nós. É ao povo brasileiro. É às instituições. É à República. A CPI foi só é a mensageira, a interlocutora. Presidente, responda o seguinte: porque é que o senhor não tomou nenhum tipo de providência quando (…) lhe comunicaram que existia um esquema corrupto em curso no Ministério da Saúde? (…) Essa pergunta não está sendo feita por mim, pela CPI. Está sendo feita pelo povo brasileiro. Então, Presidente, responda aos brasileiros”, apelou Rodrigues.
“O país ficou estupefacto com a maneira com que respondeu a esta CPI. A escatologia proverbial do Presidente recende ao que ocorreu no seu Governo durante a pandemia. Todos nós sentimos esses odores irrespiráveis que empestaram o Brasil e mataram tantos inocentes. Não podemos ter medo de arreganhos, de ameaças, de intimidações, de quarteladas. Vamos investigar haja o que houver”, disse, por sua vez, o relator da CPI, Renan Calheiros.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.013.756 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 185,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.
LUSA/HN
08/03/2021
Na intervenção realizada na reunião no Infarmed que juntou especialistas em saúde pública e políticos, Baltazar Nunes apresentou, em nome do grupo de peritos criado para a definição de critérios para a resposta à pandemia, um conjunto de indicadores que devem orientar a implementação de medidas.
Entre os indicadores mais importantes, o investigador realçou como objetivos uma incidência a 14 dias inferior a 60 casos por 100 mil habitantes, um índice de transmissibilidade (Rt) abaixo de 1, uma taxa de positividade nos testes menor do que 4% e um atraso na notificação em menos de 10% dos casos confirmados, o isolamento precoce e rastreio de contactos em 24 horas de pelo menos 90% dos casos, uma taxa de ocupação em cuidados intensivos até 85% para a capacidade após março de 2020, e a vigilância e controlo das variantes.
“O que propomos é um referencial de análise conjunta destes indicadores. Têm de ser analisados em conjunto. Como indicadores principais que têm de ser monitorizados identificamos a incidência acumulada a 14 dias, o Rt e o número de camas ocupadas em unidades de cuidados intensivos”, sintetizou.
Paralelamente, Baltazar Nunes enfatizou a importância de uma atuação rápida ao nível da tomada de decisão sobre as medidas de restrição quando o Rt cresce e supera o 1, porque isso indicia uma nova tendência de crescimento da pandemia no país.
“A urgência de agir e a intensidade das medidas passa por analisar os tempos até atingir os 240 casos por 100 mil habitantes”, referiu, apontando ao máximo utilizado por vários países, sublinhando a questão com um exemplo: “Se tiver uma incidência abaixo de 60 casos, mas um Rt de 1,2 posso só ter 30 dias para atingir o máximo de 240 casos por 100 mil habitantes”.
De acordo com o perito do INSA, a evolução da pandemia apresenta ainda algumas assimetrias a nível regional, com destaque negativo para a área metropolitana de Lisboa.
“A nível nacional estamos muito próximos dos 120 casos por 100 mil habitantes, mas há alguma diversidade em relação às regiões. Norte, Centro, Alentejo e Algarve já estão abaixo, mas Lisboa e Vale do Tejo está acima dos 120 casos por 100 mil habitantes”, observou, finalizando com o anúncio de que a análise da situação epidemiológica e os indicadores hoje referenciados vão passar a ser publicados de forma periódica.
Lusa/HN
03/03/2021
Portugal registou, na última semana, um aumento de cerca de 25% na administração de doses de vacinas, passando de 12.º país da UE com maior média de imunizados para o 7.º lugar, com 8,52 doses por cada 100 habitantes em Portugal, valor que fica acima da média dos 27 que, no seu conjunto, deu 7,70 doses de vacina por cada centena de cidadãos.
Depois de Malta, segue-se a Dinamarca, com 10,97 doses por centena de pessoas.
Os últimos lugares dos 27 são ocupados pela Bulgária, com 3,22%, e a Letónia, com 3,41%.
Em termos globais, Israel mantém-se como o país do mundo que mais doses de vacinas administrou, apresentando uma média de 96,07%, o que representa uma subida de 8,2% em relação à semana passada.
Na perspetiva das regiões, a América do Norte é a que mais imunizações têm, tendo dado 13,91 doses de vacinas por centena de pessoas, seguindo-se a Europa, enquanto continente, com 8,52 doses.
Estes números ficam muito além dos registados em África, onde foram apenas administradas 0,31 doses de vacinas por cada 100 habitantes, e na Ásia, onde a média sobe um pouco, mas fica-se pelos 2,17.
No cômputo geral, foram administradas 3,38 doses de vacinas anti-Covid-19 por cada 100 pessoas do mundo, o que representa um crescimento de 22% face à semana passada.
Lusa/HN