Genebra, 24 abr 2020 (Lusa) – A superação da atual pandemia vai exigir “o maior esforço de saúde pública da história”, afirmou hoje o secretário-geral da ONU, no lançamento de uma iniciativa global para a produção e o acesso equitativo de vacinas e de tratamentos.
“O mundo precisa de desenvolver, de produzir e de garantir uma distribuição equitativa de vacinas, tratamentos e de diagnósticos seguros e eficazes contra a covid-19. Não uma vacina ou tratamentos para um país ou uma região ou para uma metade do mundo, mas sim uma vacina e um tratamento que sejam acessíveis, seguros, eficazes, que possam ser administrados facilmente e disponíveis de forma universal, para todos em qualquer lugar”, declarou António Guterres, durante uma conferência de imprensa transmitida via ‘online’.
Guterres falava no lançamento de uma iniciativa global “histórica” promovida pela ONU que reúne vários países, como França, Alemanha, Espanha e Itália, organizações internacionais, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), fundações e empresas do setor privado.
O objetivo da iniciativa é acelerar a produção de vacinas, testes de diagnóstico e de tratamentos contra o novo coronavírus, bem como garantir que exista um acesso internacional e equitativo destes meios.
Nem a China, onde foram detetados os primeiros casos de covid-19 em final de dezembro, nem os Estados Unidos, atualmente o país mais afetado pela pandemia com perto de 50 mil mortes e 900 mil casos de infeção, estiveram representados na conferência.
Uma das principais preocupações desta iniciativa promovida pela ONU está relacionada com os países mais pobres, que não têm os meios financeiros necessários para competir com os Estados mais ricos na corrida para a aquisição de ‘stocks’ de vacinas, medicamentos ou de ‘kits’ de diagnóstico.
A nível global, o novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu continua a ser o mais afetado pela pandemia.
Lusa/HN
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