Parlamento Europeu vai acolher centro de despistagem da doença

9 de Maio 2020

Um centro de despistagem ao novo coronavírus vai abrir na segunda-feira no edifício do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, para permitir testar, após prescrição médica, até duas mil pessoas por dia, anunciou hoje fonte oficial.

“Colocado à disposição um espaço dedicado no edifício Louise Weiss pelo Parlamento Europeu permitiu instalar um centro de despistagem à Covid-19 dedicado aos habitantes do Baixo Reno, nomeadamente aos da Eurometrópole, no quadro do arranque das medidas de desconfinamento”, anunciaram hoje, num comunicado comum, o departamento do Baixo Reno, o município, a Agência Regional de Saúde e a instituição europeia.

Este centro de despistagem será reservado às pessoas assintomáticas, identificadas pelo seguro de saúde ou pelos centros médicos de Estrasburgo. Quatro laboratórios estarão aí sediados e vão realizar os testes em 21 ‘boxes’ especialmente previstas para o efeito.

Desde final de abril que as cozinhas do Parlamento Europeu têm sido utilizadas para preparar cerca de 500 refeições por dia para as pessoas mais necessitadas.

As sessões de trabalho têm sido feitas em Bruxelas, contudo a sede do Parlamento Europeu fica em Estrasburgo, motivo pelo qual os deputados realizam aí as sessões plenárias uma semana por mês.

Desde março que excecionalmente não se realizam devido à pandemia do novo coronavírus, que atinge particularmente a região francesa da Alsácia. O calendário revisto para 2020 não prevê a realização de sessões plenárias em Estrasburgo antes de setembro.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 274 mil mortos e infetou mais de 3,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.126 pessoas das 27.406 confirmadas como infetadas, e há 2.499 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

LUSA/HN

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