A chamada “fase um” do plano de transição para a nova normalidade prevê, entre outras medidas, a abertura do pequeno comércio sem necessidade de marcação prévia, das esplanadas, desde que tenham até um máximo de 50% da sua ocupação, e a possibilidade de até 10 pessoas se poderem reunir.
No entanto, as duas regiões mais ricas e povoadas do país, Madrid e Barcelona, estão entre as zonas que se vão manter durante mais alguns dias na atual fase zero, em vigor desde há uma semana, quando foi autorizada a abertura parcial do pequeno comércio de rua, sempre por marcação prévia e acesso limitado.
As autoridades sanitárias consideram que estas zonas, que são as mais atingidas pela covid-19, vão ter de esperar mais alguns dias para preparar os respetivos sistemas de saúde para a próxima etapa do desconfinamento.
O levantamento das medidas em vigor desde meados de março que restringem a mobilidade dos cidadãos só deverá terminar no fim da fase três, prevista para os últimos dias de junho ou os primeiros de julho.
A maior parte das províncias espanholas que fazem fronteira com Portugal passam hoje para a “fase um”, com a exceção de vários municípios da comunidade autónoma de Castela e Leão.
“Compreendemos a deceção daqueles que têm de permanecer na fase zero”, afirmou no domingo a porta-voz do Governo espanhol, Maria Jesús Montero, em resposta a queixas de regiões como a de Madrid e a de Valência, acrescentando que “seria grave abandonar os critérios de saúde e orientar-se por considerações políticas ou outras”.
Espanha registou no domingo 143 mortes devido à pandemia, o número mais baixo desde 18 de março último, havendo um total de 26.621 óbitos.
De acordo com o Ministério da Saúde espanhol, houve 621 novos casos positivos com a doença nas últimas 24 horas, um número maior do que no sábado, mas que não põe em causa a tendência de redução, elevando para 224.390 o total de infetados confirmados.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 279 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
LUSA/HN
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