Agência Europeia de Medicamentos exige estratégia coordenada dos países da UE para vacina

12 de Maio 2020

O diretor executivo da Agência Europeia de Medicamentos, Guido Rasi, exigiu hoje “uma estratégia coordenada” dos países membros da União Europeia (UE) na busca de uma vacina contra o coronavírus.

Os esforços dos vários investigadores e hospitais correm o risco de “fragmentar-se” se não existir essa atuação coordenada, disse Rasi durante uma intervenção na Comissão de Meio Ambiente e Saúde Pública do Parlamento Europeu.

Essa possibilidade, sublinhou, gera “grande preocupação” no seio da instituição comunitária.

“Esperamos ter tratamentos adequados em breve, mas tendo em conta que deve existir um equilíbrio entre o rápido desenvolvimento da vacina, a disponibilização e a recolha de dados”, afirmou perante os eurodeputados.

Os investigadores europeus reportaram à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês)33 provas diferentes para a busca de uma vacina.

Rasi também destacou a “contínua interação” com as instituições comunitárias e os investigadores, no âmbito do “plano de emergência” posto em prática após o início da propagação da covid-19.

Em relação às empresas farmacêuticas, o cientista italiano destacou o desenvolvimento de “um contacto único” para cada empresa, pensado para facilitar “um rápido intercâmbio de informação”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.163 pessoas das 27.913 confirmadas como infetadas, e há 3.013 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

LUSA/HN

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