Estudantes da Universidade do Porto criam solução online para combater ‘fake news’ sobre a pandemia

12 de Maio 2020

Um grupo de estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) criou uma solução ‘online’ que visa combater as ‘fake news’ e proteger os utilizadores quanto ao número de notícias que leem sobre a pandemia da covid-19.

Em comunicado, a FCUP adianta hoje que esta solução, intitulada “n3wstr4ck”, assenta numa “extensão para o ‘browser’ Google Chrome” e funciona como “uma espécie de assistente pessoal” que, além de contar o número de notícias que o utilizador lê, avalia-as e classifica-as de acordo com a “legitimidade e tópico”.

Com base em tecnologias de inteligência artificial, João Resende, estudante do doutoramento em Informática e docente da FCUP, explica que a aplicação “proporciona ‘feedback’ visual instantâneo através da classificação das notícias, sem comprometer a normal utilização do ‘browser’.

“Como um indicador de saúde mental, a aplicação indica o número de artigos lidos por dia, assim como um conjunto de estatísticas relevantes”, adianta João Resende.

A “n3wstr4ck” permite ainda que o utilizador “conceda o seu juízo de valor sobre a essência da notícia, caso esta não corresponda às suas expectativas ou “haja suspeita de fraude”, esclarece Inês Martins, estudante do mestrado em Data Science.

“Consideramos que é importante haver um foco principal nas comunicações feitas por autoridades oficiais e controlar o número de notícias que lemos por dia”, considera a estudante.

Esta solução, desenvolvida em “apenas 48 horas”, surge no âmbito da Hackathon EUvsVirus, uma iniciativa da Comissão Europeia que, nos dias 24, 25 e 26 de abril reuniu mais de 20 mil participantes de toda a Europa para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o combate à covid-19.

Segundo a FCUP, a equipa de estudantes alcançou o 5.º lugar entre os 67 finalistas do tópico “Mitigação da Propagação de Fake News”.

Portugal contabiliza 1.144 mortos associados à covid-19 em 27.679 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

LUSA/HN

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