Lares de idosos com 477 mortes, maioria nas regiões Norte e Centro

14 de Maio 2020

Os lares de idosos e unidades de cuidados continuados tiveram 477 mortes por covid-19 até hoje, a maioria nas regiões Norte e Centro, revelou a diretora-geral da Saúde (DGS).

Na conferência de imprensa diária para apresentar o último boletim epidemiológico referente à infeção pelo novo coronavírus, Graça Freitas avançou que na região Norte morreram 259 pessoas por covid-19 em lares de idosos e unidades de cuidados continuados, seguida da zona Centro (138), Lisboa e Vale do Tejo (75), Algarve (4) e Alentejo (um).

“Estas instituições são uma grande preocupação para todos nós. São de facto os mais vulneráveis e estão a ser tomadas muitas medidas”, disse Graça Freitas, sublinhando que, na próxima segunda-feira, vão ser retomadas as visitas aos lares de idosos, “mas em segurança, com muitas regras, cuidados e limitações”.

A DGS frisou que se trata de “uma nova normalidade” e “não tornar ao passado e visitar as pessoas sem um conjunto de comportamentos que têm de ser adotados”.

Graça Freitas ressalvou que as visitas são retomadas nos lares de idosos se estiverem reunidas um conjunto de condições, nomeadamente a capacidade de organização destas instituições que passa por ter um conjunto de regras relacionadas com espaços, horários e marcações.

“Há uma série de questões logísticas que depende dos lares. Espero que na segunda-feira a questão logística esteja resolvida em todos eles e que seja possível retomar as visitas”, afirmou.

No entanto, lembrou que os lares com um surto e com doentes internados com covid-19 podem ficar temporariamente sem visitas por uma questão de segurança, sendo uma decisão que depende da autoridade de saúde.

Portugal regista hoje 1.184 mortes relacionadas com a covid-19, mais nove do que na quarta-feira, e 28.319 infetados, mais 187, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

LUSA/HN

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Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

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