O Ministério da Saúde indicou ainda que está a ser investigada a eventual relação de 2.304 óbitos com a doença provocada pelo novo coronavírus.
No total, o país sul-americano já registou a recuperação de 89.672 pacientes de covid-19, sendo que 127.837 continuam sob acompanhamento.
O aumento no número de mortes no Brasil foi de 5,5%, passando de 14.817 na sexta-feira para 15.633 no sábado. Face ao número de infetados, o crescimento foi de 6,8%, passando de 218.223 para 233.142 casos confirmados de infeção.
São Paulo, epicentro da doença no país, contabiliza oficialmente 61.183 pessoas diagnosticadas com covid-19 e 4.688 mortes, seguido pelo Ceará, que conta com 23.795 casos confirmados e 1.614 óbitos.
O Rio de Janeiro, terceiro estado com maior número de casos confirmados, tem 21.601 casos de infeção e 2.614 vítimas mortais.
Apenas duas das 27 unidades federativas do Brasil ainda não ultrapassaram os mil casos da covid-19: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Após o oncologista Nelson Teich ter pedido demissão na sexta-feira do cargo de ministro da Saúde, o Governo liderado pelo Presidente Jair Bolsonaro anunciou, no sábado, que o secretário executivo da pasta, general Eduardo Pazuello, assumirá interinamente o comando do ministério.
General do Exército, Pazuello foi nomeado para o segundo cargo mais alto da hierarquia ministerial no passado dia 22, após Teich assumir o ministério, em substituição de Luiz Henrique Mandetta, exonerado após ter discordado publicamente de Bolsonaro na condução das medidas de combate ao novo coronavírus.
Especialista em logística, o agora ministro interino foi coordenador logístico das tropas do Exército durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no país sul-americano (2016), além de ter coordenado as ações da Operação Acolhida, que presta assistência aos migrantes venezuelanos que chegam ao estado brasileiro de Roraima após fugirem da crise política e económica no país vizinho.
Pazuello é o nono ministro de origem militar no Governo de Bolsonaro, segundo a imprensa local.
O desgaste de Nelson Teich em menos de um mês no Governo ficou evidente esta semana, quando foi informado por jornalistas sobre um aumento na lista de atividades essenciais, decretado por Jair Bolsonaro, que incluiu barbeiros, cabeleireiros e ginásios desportivos entre atividades que poderiam funcionar durante o isolamento social decretado por prefeitos e governadores em todo o país.
O agora ex-ministro também divergia de Jair Bolsonaro sobre a indicação do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes com covid-19.
Teich tornou-se assim no terceiro ministro a sair do Governo de Bolsonaro durante a pandemia no novo coronavírus, a seguir a Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Sergio Moro (Justiça).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 309 mil mortos e infetou mais de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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