Portugueses querem continuar a trabalhar a partir de casa

19 de Maio 2020

A pandemia obrigou a implementar o teletrabalho de um dia para outro e agora 95% dos portugueses querem alternar o trabalho à distância com o trabalho na empresa quando for possível voltar à normalidade, refere um estudo hoje divulgado.

Segundo um estudo realizado pela JLL em Portugal, 95% dos portugueses quer continuar a trabalhar a partir de casa pelo menos um dia por semana. Dois a três dias é considerada a dose ideal, sendo uma opção indicada por 57% dos inquiridos.

“A transformação digital é a chave da tendência, mas foi a pandemia que obrigou a implementar o teletrabalho de um dia para o outro e acabou com alguns estigmas desta forma de trabalho. De tal forma que a esmagadora maioria dos portugueses considera que a solução ideal no regresso à normalidade pós-Covid é partilhar os dias de trabalho entre o escritório e a sua casa”, conclui o estudo da JLL.

Denominado «Teletrabalho em Portugal», o inquérito reuniu contributos de cerca de 1.100 profissionais, acerca da sua experiência e desafios relativamente ao teletrabalho.

A iniciativa teve como objetivo medir a perceção, adaptação e aceitação desta forma de trabalho, identificando paralelamente as suas vantagens e dificuldades.

Apesar de até aqui o teletrabalho não ser habitual na vida da maioria dos profissionais (66% não trabalhava remotamente), e, não obstante a sua repentina implementação devido à pandemia de covid-19, este regime está a ser muito bem aceite pelos portugueses e há uma clara vontade de o manter no futuro, salienta o estudo realizado pela JLL nas últimas semanas junto dos profissionais portugueses.

A capacidade tecnológica e digital das empresas, disponibilizando ferramentas eficazes de trabalho remoto e colaboração em equipa foram determinantes, com 86% dos inquiridos a considerar que as suas empresas se adaptaram totalmente ao teletrabalho.

Entre as principais vantagens do teletrabalho apontadas pelos profissionais estão o facto de não ter que se perder tempo nas deslocações (32%), não ter as interrupções constantes do escritório (27%) e ter uma agenda flexível (25%), além de ter mais tempo para a família (13%).

Estas vantagens traduzem não só ganhos de produtividade, como também redução da pegada ambiental, melhor gestão do tempo e uma vida mais sustentável, valores importantes para as novas gerações.

O estudo mostra que para 83% dos profissionais é relevante que uma proposta de trabalho passe a considerar o teletrabalho associado a uma agenda flexível, mostrando que estes podem ser importantes pontos para a captação e retenção de talentos.

De acordo com o estudo, a perceção sobre o teletrabalho é francamente positiva, com os inquiridos a considerar que esta forma de trabalho pode contribuir para uma melhoria no desempenho profissional (71% dos inquiridos), que não impede a progressão na carreira (69%) e que reduz o stress (57%).

Apesar destas vantagens, os inquiridos reconhecem algumas dificuldades neste conceito, apontando como inconveniente as tentações da casa (31%), a dificuldade de concentração devido à estrutura familiar (23%) e não ter um espaço adequado em casa (19%). A tecnologia como impedimento foi apenas apontado por 13% dos inquiridos.

A JLL (Jones Lang LaSalle Incorporated) é uma empresa de serviços profissionais especializada em imobiliário e gestão de investimento e operações em mais de 80 países.

LUSA/HN

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