Hospitais COVID ficaram longe da rutura

26 de Maio 2020

os Médicos de Medicina Interna não tiveram "mãos a medir" na resposta à pandemia. Mas não só. Os Serviços de Medicina Interna asseguraram o tratamento em simultâneo a 3.157 doentes sem infeção COVID19

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) realizou um inquérito a 85 diretores de serviço de Medicina Interna dos hospitais COVID para avaliar o envolvimento dos internistas no tratamento de doentes COVID-19 e atividade exercida com doentes não infetados. DE acordo com informação da SPMI, foram recebidas, até dia 29 de abril, 63 respostas de hospitais COVID o que corresponde a 74% do total.

Da análise das respostas recebidas, sobressaem algumas conclusões, que mostram que os Médicos de Medicina Interna não tiveram “mãos a medir” na resposta à pandemia.DEsde logo, lê-se na nota À imprensa, “Especialistas e Internos de Formação Específica de Medicina Interna integraram todas as Unidades de Internamento COVID dos hospitais do país. Por outro lado, acrescenta a nota, nos hospitais a lotação de camas de enfermaria COVID disponíveis era de 1.963, verificando-se uma taxa de ocupação de 48,8%. Havia também 620 camas de Intensivos para doentes COVID, sendo a taxa de ocupação de 31,6%. Realce também para o facto de que em 65% das Enfermarias COVID trabalharam em conjunto Especialistas de Medicina Interna e muitos outros Especialistas, enquanto em 35% a gestão foi integralmente assegurada por Internistas. No total, foram contabilizados 327 Especialistas de Medicina Interna e 248 Internos de Medicina Interna em dedicação exclusiva ao tratamento dos doentes COVID (nas enfermarias e nas Unidades Intensivas).

Também relevante, foi o facto de os Serviços de Medicina Interna terem assegurado o tratamento em simultâneo a 3.157 doentes sem infeção COVID19.
Para João Araújo Correia, Presidente da SPMI “estes resultados demonstram as vantagens inegáveis de ter um SNS forte, com capacidade de resposta a um acontecimento inesperado, com a magnitude desta pandemia. De facto, as taxas de ocupação das enfermarias COVID (48,8%) ou dos Cuidados Intensivos COVID (31,6%), demonstram que ficamos muito longe da rutura” e acrescenta: “Estamos convencidos, que o facto de Portugal ter a Medicina Interna como a especialidade base do Sistema de Saúde no Hospital (14% do total dos especialistas hospitalares), contribuiu para termos uma resposta rápida, organizada e competente”, concluiu.

PR/HN

 

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