OMS acredita que segunda vaga pode ser evitada

3 de Junho 2020

A segunda vaga de Covid-19 pode ser evitada, mas a humanidade terá de viver algum tempo com a infeção, porque ainda não há uma vacina, assegurou esta quarta-feira o diretor regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa.

“A segunda vaga não é algo inevitável, apesar de cada vez mais países levantarem as restrições e de existir um claro risco de ressurgimento do surto”, afirmou Hans Kluge durante uma teleconferência de imprensa.

Kluge sublinhou que atualmente as coisas “não estão melhor do que no início do ano”, porque o mundo precisa de uma vacina contra a Covid-19.

“A boa notícia é que aprendemos muito após a primeira vaga e, se houver uma segunda, estaremos mais preparados”, disse.

Quanto à vacina, indicou que “não há uma data concreta para a elaboração”, apesar de as melhores mentes científicas do mundo estarem a trabalhar nesse sentido.

Por sua vez, quando houver uma vacina, acrescentou, a OMS fará o puder para que seja distribuída de uma forma equitativa entre os países do mundo.

Kluge referiu que apesar de uma quebra dos casos de contágio, os riscos ainda persistem em muitos países: “Em alguns vemos uma estabilização da situação e uma gradual diminuição dos contágios; Rússia e Ucrânia empreenderam esse caminho”.

A Rússia registou esta quarta-feira mais 8.536 casos de Covid-19, que elevam o número total de contágios para 432.277.

Moscovo, o principal foco da infeção na Rússia, contabilizou esta quarta-feira 1.842 novos casos, a cifra mais baixa das últimas seis semanas.

O número de recuperados da infeção na Rússia ascendeu esta quarta-feira a 195.957 pessoas, ao atingir 8.785 curados nas últimas 24 horas.

Na Ucrânia segundo os dados mais recentes, foram diagnosticados 483 casos de coronavírus na última jornada, enquanto o número total de infetados no país se situa em 24.823 pessoas.

Contudo, a OMS pediu aos países da Europa, Rússia incluída, para cumprirem as recomendações na altura de suavizarem as restrições e organizarem eventos que impliquem aglomerações de pessoas, como será o caso da feira anual de livros este fim de semana, na Praça Vermelha, ou o desfile militar do próximo dia 24.

Neste sentido, a organização com sede em Genebra confia que, ao organizarem iniciativas ao ar livre, as autoridades podem cumprir as normas sanitárias previstas para estes casos para evitar novos riscos de contágio.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Bolsas Mais Valor em Saúde distinguem quatro projetos inovadores no SNS

Gilead Sciences, em parceria com a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a Exigo e a Vision for Value, anunciou os vencedores da 4ª edição das Bolsas Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem, iniciativa que distingue projetos inovadores no Serviço Nacional de Saúde (SNS) focados na metodologia Value-Based Healthcare (VBHC). 

Dia Mundial da DPOC: Uma Doença Prevenível que Ainda Mata

No dia 19 de novembro assinala-se o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), uma condição respiratória crónica que, apesar de ser prevenível e tratável, continua a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade a nível global.

Patrícia Costa Reis: “Precisamos de diagnosticar mais cedo a XLH”

Numa entrevista exclusiva ao HealthNews, Patrícia Costa Reis, gastroenterologista pediátrica, investigadora e professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa – Hospital de Santa Maria -, esclarece os mecanismos e impactos da XLH (hipofosfatemia ligada ao cromossoma X). Esta doença genética rara provoca perdas de fósforo, originando raquitismo, deformidades ósseas, dor crónica e fadiga. A especialista destaca a importância do diagnóstico precoce, o papel crucial das equipas multidisciplinares e a mudança de paradigma no tratamento com a introdução de terapêuticas dirigidas.

Menos arsénio na água diminui mortes por cancro e doenças cardíacas

Um estudo recente publicado na revista científica JAMA revela que a diminuição dos níveis de arsénio na água potável está associada a uma redução significativa da mortalidade por doenças crónicas, incluindo cancro e doenças cardiovasculares. 

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights