“Muitas vezes os trabalhadores não têm uma perceção de risco como deviam. Não conhecem o plano de contingência e, portanto, compete também ao empregador ter essa atitude pedagógica, explicar o porquê das medidas”, frisou hoje Graça Freitas, durante a conferência de imprensa diária sobre a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal.
A diretora-geral da Saúde pediu às empresas que deem formação aos trabalhadores, nomeadamente a quem se encontra a fazer trabalho temporário, dando o exemplo de pessoas que andam na colheita da fruta.
“Eu diria mesmo que deve haver alguma supervisão por parte da entidade patronal, para ver se estão a cumprir medidas de distanciamento, de higiene, de não partilha de objetos”, defendeu Graça Freitas.
A diretora-geral da Saúde sublinhou a importância de as pessoas estarem devidamente informadas.
Graça Freitas alertou ainda para a fiabilidade dos testes de rastreio, recordando que nem todos têm as mesmas caraterísticas e é necessário cuidado na sua utilização, para não ser criada uma “falta sensação de segurança”.
A medição da temperatura é vista pela responsável da Direção-Geral da Saúde como “mais um instrumento que pode ser útil, tal como automonitorização dos sintomas” e entende ser benéfico fazer essa medição antes de as pessoas irem trabalhar ou para a escola.
Adotando “um conjunto de medidas”, salienta Graça Freitas, reduz-se o risco de transmissão.
Portugal contabiliza pelo menos 1.479 mortos associados à covid-19 em 34.693 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado hoje.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 400 mil mortos e infetou mais de 6,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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