Segundo uma nota do gabinete do vereador da Educação e Direitos Sociais, Manuel Grilo, do BE (que tem um acordo de governação da cidade com o PS), desde o início da pandemia já passaram pelos quatro centros de acolhimento de emergência para sem-abrigo criados pela autarquia mais de 500 pessoas.
Dessas, 47 foram encaminhadas para o programa “Housing First”, um projeto financiado pela Câmara de Lisboa em que as pessoas são integradas em habitações tendencialmente individuais e têm um acompanhamento por técnicos que as orientam a gerir uma casa tendo em vista a sua integração social.
A autarquia prevê que até ao final do ano um total de 380 pessoas estejam alojadas através deste programa.
Outras 51 pessoas, segundo a nota do gabinete de Manuel Grilo, foram encaminhadas para “outros tipos de resposta de alojamento, como quartos em apartamentos partilhados”.
Através da RedEmprega, 45 pessoas que passaram pelos centros de acolhimento conseguiram emprego “e podem hoje voltar a ser independentes”, lê-se ainda na nota.
A RedEmprega é um programa que a autarquia tem em parceria com a APEA – Associação Portuguesa de Emprego Apoiado e a Fundação Aga Khan Portugal e que tem como objetivo “reforçar a resposta de empregabilidade para pessoas vulneráveis na cidade”, apoiando a inclusão no mercado de trabalho e promovendo a inclusão social.
“Uma parte considerável das pessoas que caíram na rua desde o início do ano fê-lo porque perdeu o emprego ou uma fonte de rendimentos estável, decorrente da crise económica que vivemos”, refere o comunicado.
Atualmente, a Câmara de Lisboa tem em funcionamento quatro centros de acolhimento de emergência para sem-abrigo, com capacidade para acolher 220 pessoas: no Pavilhão Municipal Casal Vistoso, na Casa do Largo, no Clube Nacional de Natação e na Pousada da Juventude do Parque das Nações.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 431 mil mortos e infetou mais de 7,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.517 pessoas das 36.690 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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