APAH e SPMS querem Serviço Nacional de Saúde mais digital

23 de Junho 2020

A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), em parceria com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), criou um projeto que prevê a partilha de conhecimento, aumento das teleconsultas e a melhoria do atendimento médico dos utentes. O Programa de Aceleração Tecnológica na Saúde arranca esta quinta-feira, dia 25 de junho, depois de verificados os impactos da pandemia no SNS.

De acordo com estas duas instituições, “o contexto da Covid-19 trouxe uma oportunidade única de acelerar a utilização da telemedicina como forma de combater, não só as consultas perdidas, mas também de cumprir as listas de espera e os tempos de resposta para consultas”.

De acordo com o portal da transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), as consultas de telemedicina aumentaram cerca de 35% entre janeiro e abril deste ano face ao período homólogo de 2019, e só no mês de abril de 2020 aumentaram cerca de 50% face ao mesmo período do ano passado.

Os resultados positivos das medidas que foram tomadas no SNS durante a pandemia permitiram constatar a importância da maior digitalização nos serviços de saúde. “Foi a pensar na aceleração desta aposta que a APAH lançou este Programa de Aceleração Tecnológica na Saúde, dirigido a todos os hospitais e Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do SNS e a todos os seus profissionais de saúde e de gestão e que contempla uma componente formativa com módulos segmentados e dirigidos a cada público-alvo.”

O programa tem por objetivo “partilhar as boas práticas já instituídas e motivar os profissionais de saúde a tirarem o máximo partido das ferramentas digitais”. Para a APAH e o SPMS a digitalização do SNS pode significar grandes ganhos, tanto a nível da optimização de recursos, como na resposta “mais célebre e benéfica” para os doentes, “tornando a saúde mais próxima e inclusiva”.

De acordo com Alexandre Lourenço, Presidente da APAH, “este é o momento certo para reforçar aposta na telessaúde. A pandemia impôs a utilização imediata destes recursos e, por isso, é urgente dotar todos os intervenientes das ferramentas necessárias para que possam ser utilizadas de uma forma eficaz e efetiva. As boas práticas têm que ser partilhadas, de modo a que as mais-valias sejam claras para todos”.

Na opinião de Luís Goes Pinheiro, presidente do Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), “o contexto atual impõe a criação de sinergias efetivas entre os atores da saúde, que permitam tirar proveito da capacidade instalada e potenciar a partilha de informação e conhecimento entre os diferentes profissionais. Neste âmbito, a tecnologia atuará como um dinamizador do encontro entre os profissionais de saúde e os cidadãos, contribuindo para a prestação de cuidados de qualidade e para a essencial equidade no acesso aos mesmos”.

Este projeto é uma iniciativa da APAH, em parceria com SPMS, que conta com o apoio da Novartis e da Microsoft, como parceiro técnico.

PR/HN/Vaishaly Camões

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