Rússia toma medidas preventivas na fronteira com a Mongólia contra peste negra

8 de Julho 2020

As autoridades da República da Buriácia, parte integrante da Federação Russa e que faz fronteira com a Mongólia, redobraram esta quarta-feira as medidas sanitárias após os casos de peste bubónica detetados no país vizinho.

“Um plano com medidas profiláticas e antiepidémicas foi lançado para impedir a chegada do estrangeiro e a propagação da peste”, anunciou o Comité de Defesa do Consumidor da República da Federação da Rússia num comunicado.

As autoridades estão a controlar aleatoriamente a população de roedores para detetar a bactéria ‘yernisia pestis’, que causa a doença.

Segundo a Defesa do Consumidor, as medidas preventivas adotadas na Buriácia devem-se à sua proximidade com a Mongólia, onde há focos naturais de peste e onde foram registados nos últimos dias, de acordo com várias fontes, pelo menos três casos.

Vários casos de peste bubónica foram relatados nos últimos dias na China.

As autoridades da Buriácia disseram que o risco de a praga entrar em território russo a partir da Mongólia ou da China é “mínimo”, devido ao encerramento das fronteiras e outras medidas de saúde tomadas no país para combater a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Segundo dados oficiais, até hoje foram registados 700.792 casos positivos do novo coronavírus na Rússia, com um total de 10.667 óbitos.

Moscovo, com mais de 12 milhões de habitantes, acumula um total de 226.954 casos e 4.027 mortes por Covid-19 e, embora seja a principal fonte de infeção no país, por duas semanas o número de infeções diárias caiu drasticamente na capital e permanece abaixo de 700.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 539 mil mortos e infetou mais de 11,69 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

LUSA/HN

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