Nova plataforma garante atendimento médico a doentes crónicos durante a pandemia

29 de Julho 2020

O projeto "PrimaryCare@COVID-19" criou uma plataforma digital que assegura o atendimento dos centros de saúde aos doentes crónicos durante a pandemia da Covid-19. A plataforma permite que estes doentes tenham teleconsultas como suplemento ou alternativa a consultas presenciais, evitando o descontrolo das doenças.

A nova plataforma permite o acompanhamento médico à distância a doentes crónicos por parte de médicos e enfermeiros dos cuidados de saúde primários. O projeto insere-se no contexto da saúde digital, “sendo uma oportunidade para gerir pessoas com doença crónica durante epidemias, evitando que as suas doenças se descontrolem e evita idas desnecessárias aos serviços de saúde e urgência”.

Os dirigentes do projeto garantem que a plataforma digital possui componentes “inteligentes”, como seja algoritmos que permitem um conjunto de alertas para os médicos e enfermeiros.

O projeto é financiado pela Fundação para Ciência e Tecnologia, no âmbito do Research4COVID-19, e resulta de uma colaboração entre a Universidade Nova de Lisboa (UNL) e ARS Lisboa e Vale do Tejo, envolvendo ainda parceiros como o INOV INESC Inovação, na área da inovação, e uma parceria estratégica com a unidade de doenças crónicas do Hospital Universitário de Genebra, Suíça.

“Os doentes crónicos são pessoas particularmente vulneráveis às complicações do Covid-19. Espera-se que esta plataforma melhore o acesso de pessoas com doença crónica aos cuidados de saúde numa altura de grande sobrecarga dos sistemas de saúde. Além disso, os profissionais de saúde poderão realizar consultas com segurança e rigor evitando que os mais vulneráveis às complicações tenham que ir para salas de espera com muita gente. Finalmente, permitirá reservar os espaços das unidades de saúde para aqueles em que é indispensável a observação presencial por enfermeiro ou médico, reduzindo o risco de contágio dentro das unidades de saúde. Com esta plataforma digital, os profissionais de saúde poderão realizar consultas com segurança e rigor e acompanhar a adesão aos medicamentos, bem como informá-los sobre as medidas da Covid-19.”

Esta semana foi feito um teste piloto de demonstração do sistema, envolvendo vários médicos e enfermeiros em três USF da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo: USF das Conchas (Lumiar), USF Jardim dos Plátanos (Miraflores) e USF Ribeirinha (Barreiro), podendo vir a ser adotado por qualquer outra unidade de saúde dos cuidados primários em Portugal. A Equipa de Investigação e Desenvolvimento conta com cinco médicos (Bruno Heleno, Jorge Seixas, Jorge Correia, David Rodrigues e Margarida Conde) e um enfermeiro (Vasco Pedrosa) e vários especialistas de saúde digital (Miguel Mira da Silva, Mélanie Maia, Mariana Santos e João Gregório) na equipa coordenada por Luís Lapão, professor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT NOVA).

PR/HN/Vaishaly Camões

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