“Esta concentração de âmbito nacional [serve para] relembrar os problemas que nos afetam e que são muito anteriores à pandemia da Covid-19. Há situações que se vêm arrastando desde janeiro de 2018”, afirmou à agência Lusa Alfredo Gomes, do SEP.
O sindicato realizou uma concentração junto à entrada do Serviço de Urgência Hospital Sousa Martins, na Guarda, para recordar à tutela e à própria população que os problemas que afetam a classe continuam por resolver.
Em causa estão questões que são transversais a todo o país, nomeadamente a avaliação do desempenho, a discriminação entre enfermeiros, o “roubo” do tempo de serviço com a não contabilização de pontos ou a incorreta contabilização, a compensação pelo risco e penosidade da profissão, a existência de enfermeiros especialistas fora da categoria, entre outras.
“Queremos relembrar estas questões à população, que nos aplaudiu e à qual agradecemos, mas gostaríamos que a tutela o reconhecesse”, afirmou.
O responsável do SEP explicou ainda que está agendada uma reunião de toda a estrutura sindical para setembro, onde será avaliado o desenvolvimento de toda a situação e que serve também para auscultar os enfermeiros sobre o assunto e até em relação a eventuais formas de luta.
Já sobre os problemas específicos que afetam a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, onde está incluído o Hospital Sousa Martins, Alfredo Gomes realçou duas situações mais prementes: A falta de enfermeiros na ULS e a presença de profissionais que ainda não usufruem do descongelamento das carreiras.
“Faltam enfermeiros. Há casos de 40 e 50 horas extraordinárias e na ULS existe subcontratação de enfermeiros. Essa não é a solução. A solução passa pela contratação de profissionais”, indicou.
LUSA/HN
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