Só nas últimas 24 horas, registaram-se 9.441 infeções, um novo máximo diário desde a chegada da epidemia ao país, há cinco meses, o que eleva o total de contágios para 507.996.
O país contabilizou ainda mais 3.658 mortes provocadas pela doença, em apenas um dia, após uma revisão efetuada pelas autoridades peruanas, em casos pendentes do resultado de análises laboratoriais.
Na quarta-feira, o Governo anunciou o regresso do recolher obrigatório ao domingo, a partir de 16 de agosto, após um recorde de infeções registado nas 24 horas anteriores.
O recolher noturno é obrigatório todos os dias e a violação destas regras sujeita os infratores ao pagamento de uma multa de 1.800 dólares (1.524 euros).
O executivo proibiu igualmente as reuniões familiares com membros que não vivam na mesma casa, principal fonte de contágio com o novo coronavírus no país.
O Peru iniciou o desconfinamento gradual em 01 de julho, após cem dias de quarentena.
O número de casos tinha diminuído em meados de junho, mas voltou a aumentar desde o levantamento da quarentena em 18 dos 25 departamentos do país, incluindo a capital, Lima.
Os restaurantes reabriram e os voos domésticos foram retomados, mas a flexibilização, destinada a reavivar a economia, levou a um ressurgimento de infeções, criando receios de sobrelotação hospitalar.
O país é o terceiro Estado latino-americano mais afetado pela doença, atrás do Brasil e do México.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 750 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
NR/HN/LUSA
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