Em declarações publicadas esta quinta-feira à “Paris Match”, Macron admite que com o seu governo o confinamento é uma das hipóteses: “não nos proibimos de nada”.
No entanto, o Presidente francês afirma que têm de existir “estratégias muito localizadas” como a que foi aplicada em Mayenne, onde ocorreu um dos surtos mais importantes em França.
“Este tipo de ação local poderá levar a “um reconfinamento seletivo que poderá ser instituído se a situação o impuser”, sublinhou.
Macron explica que a gestão dos surtos está a sobrepor-se à “ansiedade económica” e salientou “que todos são coautores na luta contra o vírus, com máscara, distanciamento físico e higiene”.
O governante enfatizou que “o país não pode parar porque os danos colaterais de um confinamento são consideráveis”.
De acordo com Macron, o risco zero nunca existe numa sociedade e, por isso, deve-se “responder a essa ansiedade sem cair na doutrina do risco zero e sem cair em medidas extremas”.
Na quarta-feira, a Direção-Geral da Saúde francesa indicou que em 24 horas foram registados 3.776 casos, o maior número em mais de três meses e meio.
Numa semana foram registadas cerca de 17 mil infeções e a taxa de positivos está a aumentar continuamente (3,1% entre 10 e 16 de agosto). França registou 30.468 mortos.
LUSA/HN
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