Suécia quer permitir eventos com até 500 pessoas

27 de Agosto 2020

As autoridades de saúde suecas confirmaram esta quinta-feira a tendência de queda no número de infeções pelo novo coronavírus nas últimas semanas e propuseram aumentar o número de pessoas permitidas em eventos públicos de 50 para 500.

A boa evolução epidemiológica levou o Governo sueco a anunciar, há poucos dias, que iria propor o levantamento de algumas restrições, assim encomendou um relatório às autoridades sanitárias, que hoje propuseram que sejam permitidas até 500 pessoas em eventos.

A proposta afeta eventos em que as pessoas estarão sentadas, devendo haver pelo menos um metro de distância entre estas, explicou Tegnell, abrindo as portas à participação em competições desportivas, como já é o caso na Dinamarca.

O país, com uma estratégia mais branda no combate ao vírus, registou taxas de mortalidade por Covid-19 muito mais altas do que o resto dos países nórdicos, mas os números têm vindo a diminuir progressivamente, especialmente ao longo do verão, aproximando-se aos números dos seus vizinhos.

“Até agora não tivemos aquele aumento rápido que tem havido em partes da Europa, mas sim o contrário. Tivemos uma queda acentuada em julho e uma tendência de alta no início de agosto, mas estabilizámos e na semana passada houve um declínio”, disse hoje o epidemiologista chefe da Agência de Saúde Pública sueca, Anders Tegnell.

A Suécia contabiliza hoje um total de 83.898 casos de Covid-19, 171 a mais do que na quarta-feira, e três novas mortes, elevando o número provisório de mortos para 5.820, cinco vezes mais alto que a Dinamarca e onze a mais que a Noruega.

Nenhum país nórdico confinou a sua população, mas limitaram as interações sociais, enquanto a Suécia adotou um modelo diferente e manteve abertos, com algumas restrições, bares, restaurantes e escolas primárias.

O ensino presencial dos alunos mais velhos foi encerrado, mas já foi retomado, coincidindo com o início deste mês do novo ano letivo.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 826 mil mortos e infetou mais de 24,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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