“Sabemos que há muitos portugueses que procuravam, tradicionalmente, a formação superior nesta área em outros países. Esta oferta formativa será uma oportunidade para eles terem a sua formação cá dentro e, eventualmente, ficarem também no país”, disse Marta Temido, durante a conferência de imprensa regular sobre a situação epidemiológica em Portugal.
Na terça-feira, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) informou a Universidade Católica que tinha acreditado aquele que será o primeiro curso de Medicina ministrado em Portugal por uma instituição privada.
Questionada sobre a decisão, a ministra da Saúde disse que se tratava de um tema da área do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, mas adiantou que o novo curso será uma boa oportunidade para os estudantes e até para o país, que poderá contar com mais médicos.
Portugal, explicou, tem uma densidade de médicos por habitante “confortável”, mas regista assimetrias entre regiões e entre o setor público e privado, que o reforço da formação poderá ajudar a corrigir.
“Além do mais, a A3ES garante a qualidade dos cursos e, portanto, será sempre essa a garantia que temos enquanto Estado”, acrescentou.
O curso de Medicina da Católica deverá começar a funcionar em setembro do próximo ano com cerca de meia centena de alunos, segundo a reitora da instituição, Isabel Capeloa Gil.
A Católica apresentou um pedido inicial de acreditação em outubro de 2018 que foi “chumbado” pela A3ES em dezembro do ano passado. A instituição apresentou novo pedido que foi agora autorizado.
O novo curso conta com uma parceria com a Universidade de Maastricht e o Grupo Luz Saúde e “distingue-se dos currículos tradicionais por ter uma abordagem mais prática e integrada desde os primeiros anos”, segundo uma explicação do gabinete de imprensa da UCP.
A Ordem dos Médicos já lamentou a acreditação, considerando que “a política prevaleceu na decisão”. O Conselho de Escolas Médicas Portuguesas, que agrega representantes de oito instituições públicas, também criticou a decisão,
A decisão da A3ES surge poucos meses depois de o Ministério da Ciência e do Ensino Superior permitir às universidades públicas que aumentassem o número de vagas para a formação de médicos. No entanto, tal não aconteceu.
Na altura, o ministro, que ainda não comentou a acreditação do novo curso, considerou que essa decisão das universidades tornava clara a necessidade disponibilizar o ensino de Medicina noutras instituições, públicas ou privadas.
LUSA/HN
Acho desastroso, mas não era de esperar outra coisa, governo e sues parceiros são contra tudo o que é privado, mas aprovam curso de medicina numa instituição privada, vergonha politica, mas deve ser” palavra dada palavra honrada” .Estes médicos que vão sair deste curso deviam ser distribuídos para tratar os políticos que estão no governo!!!