“Uma vez que, com o início das aulas, a comunidade para onde estas crianças vão é uma comunidade aberta ao exterior, as crianças vão ficar isentas de ficar em qualquer tipo de quarentena”, disse Graça Freitas durante a conferência de imprensa regular sobre a pandemia da covid-19 em Portugal.
A norma atualmente em vigor prevê que as crianças que sejam retiradas às famílias tenham de cumprir 14 dias de isolamento quando chegam aos centros de acolhimento, mesmo que o teste à covid-19 dê negativo.
Segundo a diretora-geral, essa orientação já foi revista e a nova versão vai ser divulgada “muito brevemente”.
Graça Freitas, que já tinha considerado que a decisão de colocar em isolamento uma criança recém-chegada a uma instituição era “muito difícil”, afirmou agora que a medida deixa de fazer sentido se as crianças podem entrar e sair diariamente para ir à escola.
O próximo ano letivo arranca entre 14 e 17 de setembro, com a retoma das atividades letivas presenciais, suspensas em meados de março devido à pandemia da covid-19.
Sobre a próximo ano, Graça Freitas recordou que as orientações gerais do Ministério da Educação para as escolas prepararem o ano letivo já são há muito conhecidas, estando ainda a ser ultimado um protocolo de resposta da Saúde.
O documento, que deverá ser publicado em breve, inclui orientações para as escolas e as autoridades de saúde, no caso de serem identificados casos suspeitos, casos positivos ou surtos em contexto escolar.
A diretora-geral adiantou ainda que o objetivo é “fechar o menos possível”, afirmando que a decisão de encerrar escolas será tomada apenas em situações extremas.
“A nossa ação será tão focada, orientada e proporcional quanto possível”, sublinhou.
Portugal regista hoje mais quatro mortes e 406 novos casos de infeção por covid-19, em relação a quinta-feira, segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 59.457 casos de infeção confirmados e 1.833 mortes.
LUSA/HN
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