Primeiro-ministro de Cabo Verde promete mais fiscalização e “tolerância zero” aos “incumpridores”

7 de Setembro 2020

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou esta segunda-feira, em entrevista à agência Lusa, que a fiscalização ao cumprimento das normas sanitárias de prevenção à Covid-19 serão reforçadas, com “tolerância zero” aos “incumpridores”.

Para o chefe do Governo, de “uma forma geral” a população está a levar a sério as medidas de prevenção à transmissão da pandemia, apesar dos mais de quatro mil casos de Covid-19 já diagnosticados em quase seis meses, “mas basta que uma percentagem minoritária não leve a sério para haver problemas de propagação”.

“Uma minoria pode contagiar muita gente se tiver comportamentos irresponsáveis. Medidas de prevenção e de fiscalização têm sido permanentes”, afirmou.

Cabo Verde regista um acumulado de 4.330 casos de Covid-19 diagnosticados desde 19 de março, com 42 mortes associados à doença.

Desde sexta-feira que a ilha do Fogo se juntou às de Santiago e do Sal na aplicação do estado de calamidade, com medidas restritivas ao funcionamento, por exemplo, de estabelecimentos comerciais, para conter a transmissão da Covid-19.

“Nessas ilhas, a fiscalização tem sido forte e vai ser reforçada para garantir o cumprimento das normas sanitárias. Estabelecimentos comerciais, bares, restaurantes e outros serviços ao público são encerrados e só poderão ser reabertos se cumprirem a conformidade com as normas sanitárias”, recordou.

“Tem havido encerramentos de estabelecimentos e detenção de pessoas, vamos ser mais implacáveis: distinguir com selo de qualidade (safe & clean) aqueles que cumprem e penalizar com tolerância zero os incumpridores”, acrescentou.

De acordo com a avaliação semanal do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), divulgada no início de setembro, Cabo Verde é o segundo país do continente mais afetado, proporcionalmente, por casos de Covid-19, apenas atrás da África do Sul, ao registar 647 casos da doença por cada 100 mil habitantes.

Contudo, Ulisses Correia e Silva, recordou que Cabo Verde é também o país africano “que mais testes realiza proporcionalmente à população”.

“Mais de 50 mil testes PCR realizados e outros tantos testes rápidos. E esse número vai crescer por causa da obrigatoriedade de realização de testes nas viagens marítimas e áreas. Para além disso, a massificação de testes faz parte da estratégia de despistagem para o isolamento dos infetados”, acrescentou o primeiro-ministro.

LUSA/HN

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