O projeto arrancou “nesta fase no hospital de Caldas da Rainha e apenas para os doentes com patologia crónica no ombro, mas a ideia é alargar a outras patologias e também ao hospital de Torres Vedras”, explicou a presidente do conselho de administração do CHO, Elsa Baião, à agência Lusa.
O CHO é o primeiro centro hospitalar público do país a implementar a telerreabilitação, segundo a informação divulgada.
Com a pandemia, “o projeto tem a enorme mais-valia de evitar as deslocações dos doentes ao hospital”, evitando o risco de contágio, sublinhou Elsa Baião.
O projeto tem ainda como objetivos aumentar a capacidade de resposta do Serviço de Medicina Física e Reabilitação aos utentes referenciados, garantir o acesso a cuidados de fisioterapia, motivar e capacitar o utente a tornar-se parte ativa do processo de reabilitação, diminuir os custos operacionais institucionais e sociais e potenciar a evolução tecnológica na área de Fisioterapia.
Os tratamentos recomendados para estes utentes assentam num modelo presencial e individualizado, recorrendo a tecnologias, como plataformas digitais e sensores de ‘feedback’, contando o projeto com a parceria de uma ‘startup’ nacional e do Instituto de Telecomunicações de Lisboa.
A tecnologia utilizada permite ao utente realizar exercícios terapêuticos num ambiente de videojogos, com acompanhamento em tempo real pelo fisioterapeuta.
A solução recorre apenas a um sensor não intrusivo, para deteção dos movimentos do utente, conferindo uma grande portabilidade da solução e permitindo ao utente utilizá-la em diferentes locais.
O fisioterapeuta pode acompanhar o progresso do utente através de plataforma ‘online’, o Portal do Fisioterapeuta e o Portal do Paciente.
O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche e detém uma área de influência constituída, a par destes três concelhos, pelas populações de Óbidos, Bombarral, Cadaval e Lourinhã e de parte dos municípios de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).
LUSA/HN
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