Numa mensagem de vídeo pré-gravada e transmitida no Salão da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, Ulisses Correia e Silva reafirmou o empenho de Cabo Verde no multilateralismo: “o nosso compromisso é constante e consistente (…) e assim será”.
“A pandemia que estamos todos a experienciar não deve ameaçar o desenvolvimento sustentável” pediu o chefe do Governo cabo-verdiano, defendendo a “partilha de responsabilidades”.
O primeiro-ministro constatou que “a pandemia mostrou, mais uma vez, a importância do multilateralismo”, acrescentando que “todos perdem” e “o impacto para o (…)planeta é certamente negativo”.
Pelo seu “potencial devastador” e pelo facto de as alterações climáticas não conhecerem fronteiras, Correia e Silva defendeu que “este é o momento” para ação multilateral e intergovernamental, de acordo com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030.
“As Nações Unidas podem não ser perfeitas, mas o nosso mundo também não é. Porém, o mundo é um sítio melhor por causa das Nações Unidas”, disse o antigo presidente da Câmara Municipal da Praia, capital do país.
Também antigo ministro das Finanças (em 1999 e 2000), Ulisses Correia e Silva notou a “diversidade de países” e defendeu a necessidade de “governação em assuntos globais” como políticas ambientais, saúde pública e sistema de desenvolvimento financeiro.
Na sessão de comemoração do 75.º aniversário das Nações Unidas, Cabo Verde elogiou os “75 anos de contribuição para a segurança, paz, liberdade, democracia, promoção e proteção dos Direitos Humanos e redução da pobreza em todo o mundo”.
A Assembleia Geral da ONU inaugurou na segunda-feira o debate geral de uma forma sem precedentes nos 75 anos da organização, em que a totalidade dos discursos de chefes de Estado e de Governo será feita por vídeos previamente gravados.
A semana de alto nível na Assembleia Geral da ONU começou em Nova Iorque, com a presença limitada de pessoas na sede.
LUSA/HN
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