“A situação continua, globalmente, a degradar-se. As consequências sanitárias e o nível de tensão hospitalar exigem que tomemos medidas suplementares”, afirmou o ministro da Saúde, Olivier Véran, em conferência de imprensa.
Há atualmente 69 departamentos em alerta vermelho em França, com diferentes níveis de gravidade consoante a circulação do vírus.
Este agravamento levou à imposição de novas medidas de segurança sanitária que serão adaptadas a cada território e estarão a vigor durante, pelo menos, 15 dias.
Em cidades como Paris, Lille ou Montpellier, qualificadas como em alerta reforçado, o número máximo de pessoas num evento é agora de mil, estando proibidas festas ou ajuntamentos de mais de 10 pessoas em parques.
O encerramento de ginásios, de bares a partir das 22:00 e de todas as salas de festas são outras medidas.
No nível seguinte, considerado de “circulação máxima” do vírus, está Marselha e a região ultramarina da Guadalupe, onde os bares e restaurantes vão fechar a partir de segunda-feira.
Os números divulgados esta quarta-feira pelas autoridades francesas mostram o agravamento da disseminação da pandemia, com 13.072 novos casos confirmados em todo o país e 43 mortos nas últimas 24 horas.
Estes números elevam o balanço desde o início da pandemia em França para 481.141 pessoas infetadas com o novo coronavírus e 31.459 mortos.
Nos últimos sete dias houve 4.244 novas hospitalizações e 675 novos pacientes admitidos nos serviços de cuidados intensivos.
O ministro apelou ainda a que as empresas recorram ao máximo ao teletrabalho e que as pessoas reduzam as suas interações sociais.
Quanto a um possível reconfinamento local, Olivier Véran disse que as autoridades “estão a fazer tudo” para que isso não aconteça. “Não estamos na situação da Primavera passada”, assegurou.
LUSA/HN
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