Impacto da pandemia nos doentes não Covid-19 em debate

28 de Setembro 2020

A resposta dada pelos serviços médicos a doentes não Covid durante a pandemia e a forma como os doentes foram afetados é o tema que marca o webinar "Saúde Interrompida: o impacto da pandemia nos doentes não Covid-19" organizado pela Medtronic. O evento decorre esta quarta-feira entre as 11h00 e as 12h30 e visa analisar “as necessidades não satisfeitas na área da saúde”.

A sessão online vai contar com a participação do Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães; Ana Paiva Nunes, coordenadora da Unidade Cerebro-Vascular do Hospital de São José; Bruno Santiago, coordenador da campanha “Olhe pelas suas costas” e neurocirurgião no Hospital da Luz Lisboa; Miguel Coelho, neurologista do Hospital de Santa Maria e Rui Teles, cardiologista de intervenção no Hospital de Santa Cruz.

A pandemia da Covid-19 obrigou a uma reprogramação de agendas, salvaguardando os casos prioritários ou urgentes. Em maio de 2020, 242 mil dos doentes já estavam inscritos na lista de espera para cirurgias e para 43% o tempo máximo de resposta garantido já tinha sido ultrapassado. No total, os hospitais tinham realizado menos 902 mil consultas e menos 85 mil cirurgias relativamente ao período homólogo.

É neste sentido que o diretor-geral da empresa de dispositivos médicos Medtronic, Luís Lopes Pereira, reforça a importância desta iniciativa. “A resposta dos hospitais aos casos de doentes não Covid-19 tornou cada vez mais evidente as necessidades não satisfeitas na área da saúde. Nesta fase, temos de avaliar o compromisso de resposta para os doentes não Covid-19 para minimizar o impacto que a pandemia tem provocado e que continuará a provocar no futuro.”

O especialista acrescenta que “todos os doentes são importantes e devem receber os cuidados de saúde que necessitam. No entanto, há patologias nas quais o adiamento do tratamento, nomeadamente o cirúrgico, podem ter consequências bastante graves para quem delas sofre”.

Com o objetivo de analisar as principais áreas em que faltam respostas, qual o papel que se pode assumir, qual é a educação que está a ser feita junto dos doentes e a segurança nos locais de saúde nos centros hospitalares, este espaço de discussão vai abordar quatro áreas específicas: patologias da coluna, doenças do movimento, acidente vascular cerebral e doenças cardiovasculares.

PR/HN/

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