Aprovado uso de dexametasona em doentes que precisam de ventilação

1 de Outubro 2020

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) deu parecer favorável ao uso de dexametasona em doentes com Covid-19 que necessitem de suporte ventilatório, anunciou o Infarmed.

Segundo uma nota da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, a decisão da EMA surge na sequência da revisão dos resultados do estudo RECOVERY, que envolveu o uso deste medicamento no tratamento de doentes com Covid-19 internados.

No parecer, a EMA considera a dexametasona “uma opção de tratamento para os doentes que necessitam de suporte ventilatório (desde a administração suplementar de oxigénio até à ventilação mecânica)”, refere a nota.

A dexametasona é um medicamento corticosteroide – que começou a ser considerado como um potencial tratamento para a Covid-19 devido à sua capacidade para reduzir a inflamação – que desempenha uma ação relevante no desenvolvimento da doença em alguns doentes com Covid-19 admitidos nos hospitais.

O Infarmed diz ainda que o parecer da EMA abrange “a possibilidade de utilização da dexametasona em adultos e adolescentes (a partir dos 12 anos de idade e que pesem pelo menos 40 kg) que requerem terapia suplementar com oxigénio”.

“A dexametasona poderá ser administrada por via oral ou sob a forma de uma injeção ou perfusão (gota a gota) numa veia. Em qualquer uma das situações, a dose recomendada nos adultos e adolescentes é de 6 mg uma vez por dia, por um período que se pode estender até 10 dias”, explica.

A Autoridade Nacional do Medicamento informa ainda que “as empresas que comercializam medicamentos contendo dexametasona podem, agora, solicitar a inclusão desta nova indicação terapêutica para os seus medicamentos, submetendo um procedimento para este efeito às autoridades nacionais de medicamentos ou à EMA”.

Em Portugal, já morreram 1.971 pessoas dos 75.542 casos de Covid-19 confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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