Os maiores confrontos registaram-se em duas cidades na ilha de Java, Serang e Bandung, onde pelo menos dois polícias ficaram feridos por pedras atiradas pelos manifestantes, noticiou a imprensa local.
As autoridades não indicaram a existência de feridos entre os manifestantes e acrescentaram que as forças de segurança detiveram dez pessoas, de acordo com a imprensa local.
As manifestações, na sua maioria pacíficas, começaram na terça-feira em todo o arquipélago e deverão prolongar-se até quinta-feira.
Vários sindicatos apelaram aos protestos contra um pacote de leis aprovadas na segunda-feira pelo Parlamento indonésio, que reviu cerca de 70 leis e regulamentos, com o objetivo, segundo o governo, de criar empregos e atrair investidores.
No entanto, os críticos da reforma salientaram que os trabalhadores vão perder direitos ao abrigo das novas leis, incluindo o salário mínimo e, em alguns casos, o subsídio de desemprego, denunciando igualmente a flexibilização de regulamentos que podem prejudicar o ambiente.
Durante um discurso antes da votação, o ministro da Coordenação para os Assuntos Económicos indonésio, Airlangga Hartarto, defendeu que a reforma era necessária para facilitar o investimento estrangeiro.
A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo e a décima sexta maior economia mundial, mas está atrás de outros países do Sudeste Asiático, como o Vietname ou a Tailândia, em termos de investimento estrangeiro.
Este ano, o país espera uma contração do produto interno bruto (PIB) entre 0,6 e 1,7%, em resultado das medidas impostas para combater a pandemia de Covid-19, na que é a primeira recessão que a Indonésia sofre desde a crise financeira do Sudeste Asiático em 1997-98.
LUSA/HN
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