Londres com novas restrições a partir do fim de semana

15 de Outubro 2020

Londres vai ter restrições adicionais para conter a pandemia Covid-19, passando a ser proibida a sociabilização entre diferentes famílias em espaços interiores a partir de sábado, indicou o presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan. 

O ‘mayor’ disse que ainda decorrem conversas com o Governo sobre os pormenores, mas a imprensa britânica adiantou que o ministro da Saúde, Matt Hancock, deverá fazer o anúncio oficial ainda esta manhã.

Khan, que tem vindo a pedir mais restrições para a capital britânica há várias semanas, justificou que esta decisão é baseada na recomendação de especialistas para tentar salvar vidas, tendo em conta o crescente número de casos de infeção e hospitalizações.

“Ninguém quer mais restrições, mas isto é considerado necessário para proteger os londrinos”, vincou, numa declaração na assembleia municipal.

A medida deverá afetar quase nove milhões de habitantes na cidade de Londres, que vai passar para o segundo nível numa escala de três do novo sistema de restrições, o qual proíbe a socialização entre pessoas que não façam parte do mesmo agregado familiar em espaços fechados, seja em casa ou locais públicos.

O nível de alerta mais alto, que por enquanto se aplica apenas a Liverpool, mas que o Governo quer alargar a Manchester e Lancashire, também obriga ao encerramento de ‘pubs’ e bares que não sirvam refeições e recomenda às pessoas não entrarem ou saírem dessas áreas com maiores restrições.

Sadiq Khan reiterou ainda ser favorável a um confinamento nacional de duas a três semanas para reduzir o índice de transmissão do vírus e a pressão nos serviços de saúde.

“A verdade é que a crise sanitária e a crise económica estão intimamente ligadas e é por isso que ter o coronavirus sob controlo vai proteger tanto vidas como a economia”, defendeu.

A maior parte da Inglaterra encontra-se no nível mais baixo desta escala de restrições, que proíbe ajuntamentos com mais de seis pessoas e o encerramento de bares e restaurantes às 22:00.

Os maiores surtos de infeções estão a ser registados no norte e centro do país, enquanto outras regiões do Reino Unido, nomeadamente Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, têm diferentes tipos de regras e restrições em vigor.

A Irlanda do Norte anunciou um confinamento temporário na quarta-feira, incluindo o encerramento de escolas durante duas semanas a partir de segunda-feira, enquanto que, a partir já de sexta-feira, bares e restaurantes só poderão servir para fora.

Na Escócia, os bares e restaurantes das áreas de Glasgow e Edimburgo estão fechados até 25 de outubro, e o chefe do governo autónomo do País de Gales, Mark Drakeford, disse hoje estar a ponderar “muito seriamente” um confinamento temporário.

O Reino Unido é o país europeu e o quinto a nível mundial, atrás dos EUA, Brasil, Índia e México, com o maior número de mortes de Covid-19, tendo contabilizado 43.155 confirmadas por teste e 57.690 quando incluídos os casos suspeitos cujas certidões de óbito fazem referência ao novo coronavírus.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.117 pessoas dos 91.193 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Ordem firme na necessidade de se resolver pontos em aberto nas carreiras dos enfermeiros

O Presidente da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE), Pedro Soares, foi convidado a reunir esta sexta-feira na Direção Regional da Saúde, no Solar dos Remédios, em Angra do Heroísmo. Esta reunião contou com a presença de representantes dos sindicatos e teve como ponto de partida a necessidade de ultimar os processos de reposicionamento que ainda não se encontram concluídos, firmando-se a expetativa de que tal venha a acontecer até ao final deste ano.

APDP apresenta projeto “Comer Melhor, Viver Melhor” no Parlamento Europeu

Uma alimentação que privilegie um maior consumo de produtos vegetais, quando planeada equilibradamente, pode contribuir para melhorar os resultados em saúde nas pessoas com diabetes tipo 2, evidencia o projeto “Comer Melhor, Viver Melhor”, apresentado pela APDP no Parlamento Europeu no passado dia 18 de abril.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights