Utentes sem conseguir telefonar há três meses para o Centro de Saúde de Torres Vedras

16 de Outubro 2020

Os utentes do Centro de Saúde de Torres Vedras estão pelo menos há três meses sem conseguir contactar telefonicamente aquela estrutura e já se queixaram aos partidos com assento na câmara e na assembleia municipal, que têm denunciado o problema.

Nos últimos três meses, os eleitos locais da esquerda à direita denunciaram que os utentes têm tido “dificuldades em marcar consulta, porque os telefones não funcionam”.

Questionado pela agência Lusa, o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul, António Martins, remeteu esclarecimentos para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), que, por sua vez, respondeu que “foi desencadeado procedimento para aquisição de uma nova central telefónica para Torres Vedras”. Esta, referiu, “será instalada muito em breve”.

A ARSLVT informou ainda que está em fase de substituição de algumas centrais telefónicas e a dar início ao processo de migração para um novo sistema de comunicações, que engloba serviço de voz, videoconferência, mensagens instantâneas e atendimento interativo automático.

Na sessão de final de julho da assembleia municipal, o deputado do PS Rui Prudêncio chegou mesmo a pedir a demissão do diretor do ACES Oeste Sul, “se não tem capacidade para resolver a situação”.

Numa conferência de imprensa realizada na terça-feira, os vereadores do PSD voltaram a criticar as “dificuldades de acesso telefónico ao centro de saúde e, em consequência, aos cuidados de saúde”.

Na sessão de setembro da assembleia municipal, o seu presidente, José Augusto Carvalho (PS), qualificou a situação como “inadmissível”, referindo que “ao não haver telefones não há cuidados de saúde”.

O presidente chegou a propor um peditório entre os membros da assembleia ou junto da população, “se o problema fosse financeiro”, o que não avançou, perante a justificação do presidente da câmara, Carlos Bernardes, de que tinha sido resolvida a avaria existente na altura na central telefónica.

Num comunicado datado de segunda-feira e publicado na sua página da rede social Facebook, a Unidade de Saúde Familiar (USF) Arandis referiu que, devido aos “constrangimentos do telefone”, os utentes devem “privilegiar o correio eletrónico”, evitando deslocações presenciais à unidade.

Em resposta a utentes, foram admitidos problemas na central telefónica, justificando-se que a “aquisição de uma central telefónica não depende da USF”.

No mesmo comunicado referia-se que desde maio a unidade “retomou de forma gradual e progressiva as atividades programadas suspensas na sequência da pandemia de Covid-19”, estando atualmente a ser “agendadas as consultas de grupos de risco, planeamento familiar, saúde materna, saúde infantil, vacinação, domicílios e doença aguda, privilegiando a teleconsulta”.

LUSA/HN

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