De acordo com o investigador o financiamento “é um bom indicador de que o projeto tem interesse e vai ajudar a equipa de investigação a atingir os seus objetivos, aliados à minha experiência com modelos animais, que utilizei em projetos anteriores, e enquanto neurorradiologista, que é a minha prática clínica”.
Gil Oliveira sublinha o papel do hipocampo na forma como o cérebro funciona.“ É importante perceber que o hipocampo é uma estrutura do lobo temporal, no cérebro, fundamental para a aprendizagem e para a memória. A ideia é que o stress crónico e a ansiedade podem produzir alterações significativas na memória e na forma como percecionamos o espaço.”
É por isso que o especialista garante que o projeto tem como principal objetivo “encontrar essas alterações no hipocampo por ressonância magnética, utilizando aparelhos de última geração, que permitem avaliar com detalhe alterações em modelos animais, a partir de diferentes metodologias, para que consigamos estudar as várias sub-regiões do hipocampo como mediadores das alterações associadas a estas patologias. Este passo importante será possível graças à parceria com o Instituto Neurospin, em Paris”.
“No futuro, gostaríamos de aplicar estas metodologias de identificação de diferentes sub-regiões do hipocampo como biomarcadores associados ao diagnóstico de patologias de saúde mental, como a depressão, o stress e a ansiedade, e até como resposta potencial à terapêutica, o que nos pode ajudar a fazer um diagnóstico mais preciso na prática clínica. Estas são algumas das potenciais aplicações que podem abrir novas perspetivas no futuro com estudos humanos”, conclui o investigador.
PR/HN
0 Comments