UC desenvolve testes à Covid-19 mais rápidos, inovadores e baratos

19 de Outubro 2020

Chama-se TecniCov o novo projeto que se propõe a monitorizar anticorpos para a Covid-19 no soro e saliva através de testes inovadores, rápidos e de baixo custo, e foi financiado em 450 mil euros pela Agência Nacional de Inovação.

O projeto é liderado por Goreti Sales, da Universidade de Coimbra (UC), em parceria com equipas da Universidade Nova de Lisboa, do Instituto Superior de Engenharia do Porto e da empresa INOVA+, coordenadas, respetivamente, por Elvira Fortunato, Felismina Moreira e Raquel Sousa.

“Neste momento da pandemia, importa monitorizar com maior rapidez e menor custo os anticorpos contra o vírus SARS-CoV-2, mas a eficácia deste processo depende da fase da doença em que cada indivíduo se encontra e do objetivo clínico dessa monitorização, que pode ser um simples rastreio ou uma quantificação rigorosa”, explica Goreti Sales, salientado que o projeto “TecniCov” propõe, por isso, “um conjunto de técnicas novas, independentes e complementares, adequadas aos diferentes cenários”

A docente do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), esclarece ainda que estas técnicas “incluem tiras de teste em papel (tipo tira de urina), sistemas de fluxo lateral (tipo teste de gravidez) e sensores eletroquímicos (tipo tira de diabetes), articuladas com ferramentas informáticas adequadas, que visam facilitar a interação com o utilizador e a organização da recolha de dados”.

De acordo com a cientista, a grande inovação “centra-se na utilização de materiais sintéticos de elevada afinidade para os anticorpos produzidos in vivo, que permitirão a produção de testes rápidos com elevada sensibilidade e baixo custo, enquanto asseguram uma capacidade produtiva futura destes testes à escala mundial”.

“Espera-se que estes dispositivos sejam produzidos a baixo custo e numa escala global, cumprindo assim as necessidades globais das autoridades de saúde do ponto de vista de gestão da pandemia”, acrescenta.

PR/HN

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