Num comunicado publicado no portal oficial do Executivo de Londres, foi indicado que os viajantes da Dinamarca devem manter – desde as 03:00 (mesma hora em Lisboa) – uma quarentena de 14 dias na chegada ao Reino Unido.
O ministro explicou que se tratou de uma “decisão urgente” tomada na madrugada de hoje em função dos últimos acontecimentos, depois que a Dinamarca anunciar que vai sacrificar 17 milhões de visons para impedir uma nova variante do novo coronavírus encontrada nos animais que é transmitido aos humanos.
“Eu entendo que isso será motivo de preocupação para as pessoas atualmente na Dinamarca e para os cidadãos do Reino Unido e é por isso que agimos rapidamente para proteger o nosso país e prevenir a propagação do vírus no Reino Unido”, disse Shapps.
O ministro acrescentou que havia seguido as instruções do principal conselheiro médico do governo, Chris Whitty.
A Dinamarca vai abater todos os visons criados naquele país, que serão entre 15 milhões a 17 milhões, após ter sido verificada uma mutação do novo coronavírus que infetou 12 pessoas, anunciou na quarta-feira a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.
A líder do executivo dinamarquês argumentou que esta evidência ameaça a eficácia de uma futura vacina contra a Covid-19.
Em junho passado, também as autoridades holandesas ordenaram o abate de vários milhares de visons.
Esta decisão dos britânicos em relação à Dinamarca ocorreu menos de 12 horas após a Alemanha e a Suécia também terem sido retiradas da lista segura do Reino Unido, cujos cidadãos terão de permanecer em quarentena por duas semanas após a chegada àquele país a partir de sábado.
De acordo com os últimos dados oficiais do Ministério da Saúde britânico, o Reino Unido registou outras 378 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o número total de óbitos desde o início da pandemia para 48.120, e registou outras 24.141 infeções diárias.
O Governo de Boris Johnson impõe a partir de hoje um confinamento quase total na Inglaterra, a região mais populosa do Reino Unido – com 56 de 66,6 milhões de habitantes – após semanas defendendo restrições em localidades.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 48,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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