Questionado pela Lusa, Orlando Rodrigues especificou que esse confinamento foi “determinado pela saúde pública, na sequência de contactos de risco ou de testes positivos”.
O responsável admitiu ainda que diversos alunos entregaram no Politécnico declarações para efeitos de justificação de faltas, sem especificar porém qual o seu número e quais os motivos invocados – se doença se contacto com doentes.
Quanto ao número de contágios existentes atualmente, o presidente do Politécnico afirmou apenas que não dispõe de “dados atualizados e com rigor”.
“A saúde Pública não nos fornece essa informação”, justificou.
Orlando Rodrigues salientou que o Plano de Contingência da instituição de ensino “é forte e robusto” e não se têm registado casos de contágio internos provocados pelo novo coronavírus no seio da comunidade académica.
“Na verdade, não temos conhecimento, nos rastreios da Saúde Pública, de casos de infeção internos ao instituto, em contexto seja académico seja profissional. Portanto, o Plano de contingência tem-se revelado de grande eficácia, tanto para prevenir infeções como garantir a aprendizagem e a formação dos alunos”, concretizou à Lusa Orlando Rodrigues.
De acordo com o responsável, todos os casos que se verificaram nos trabalhadores do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), “foram contágios externos que não contagiaram outros colegas”.
“Nos estudantes, nunca houve contágios em contexto académico. Foram sempre fora do Instituto”, vincou.
Orlando Rodrigues disse que o sistema de ensino estabelecido no IPB “é híbrido”.
“Foram estabelecidos limites máximos de ocupação por sala e, quando não conseguimos desdobrar as turmas para respeitar esses limites, as turmas são divididas em turnos: parte assiste à aula ‘online’, a outra parte presencialmente. Os alunos em confinamento podem assistir ‘online'”, explicou o presidente do politécnico transmontano.
O responsável pelo IPB indicou que existe ativo um serviço de entrega de alimentos a alunos que estejam em confinamento e que não tenham familiares próximos para os apoiar.
“Neste momento estamos a apoiar apenas dois alunos por via deste serviço”, acrescentou.
O presidente da Associação Académica do IPB, Hugo Nobre, disse que já houve surtos de covid-19 no seio de comunidades estudantis como a cabo-verdiana, a espanhola e a brasileira, mas que esses surtos “estão controlados”.
“No que respeita a esses surtos, está tudo controlado. É natural que haja alguns casos de covid-19, mas neste momento é praticamente impossível não os haver. Contudo, não tenho números”, indicou.
O dirigente associativo referiu que as falhas existentes têm sido colmatadas e que confia no plano de continência da instituição.
Hugo Nobre disse ainda que há uma articulação “permanente” entre a associação académica e o Politécnico, neste contexto de pandemia.
LUSA/HN
0 Comments