Vacinas começam em janeiro para 950 mil pessoas prioritárias

4 de Dezembro 2020

As vacinas contra a covid-19 vão começar a ser administradas a partir de janeiro, sendo os grupos prioritários as pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas, residentes e trabalhadores em lares, e profissionais de saúde e de serviços essenciais.

A informação foi hoje divulgada por Francisco Ramos, coordenador do grupo que preparou o plano de vacinação, segundo o qual numa segunda fase a prioridade será para pessoas com mais de 65 anos sem patologias associadas, e pessoas com mais de 50 anos, mas com um leque mais alargado de patologias associadas, como a diabetes.

Na apresentação do plano, em Lisboa, o responsável estimou que sejam vacinadas 950 mil pessoas numa primeira fase, sendo 250 mil o grupo dos lares, 400 mil as pessoas com mais de 50 anos e comorbilidades associadas e 300 mil profissionais.

Na segunda fase serão vacinadas 1,8 milhões de pessoas com mais de 65 anos e cerca de 900 mil com patologias associadas e mais de 50 anos.

Francisco Ramos especificou que as pessoas com mais 50 ou mais anos da primeira fase da vacina (universal, gratuita e facultativa) serão as que tenham associadas uma ou mais patologias como insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença respiratória crónica com suporte ventilatório.

Na segunda fase, além de todas as pessoas com 65 e mais anos, estão pessoas com 50 e mais anos com alguma das seguintes patologias associadas: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, obesidade, e hipertensão arterial. A comissão recomenda que se podem incluir outras patologias, caso se considere necessário.

A terceira fase, disse o responsável, compreende o resto da população, desde que se confirme um ritmo de abastecimento das vacinas que o permita, porque caso contrário podem ser criados ainda outros grupos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.495.205 mortos resultantes de mais de 64,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 4.724 pessoas dos 307.618 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

LUSA/HN

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