Ações da Moderna sobem 410% e as da BioNTech 258% desde março

7 de Dezembro 2020

As ações das empresas desenvolvedoras de vacinas para a Covid-19 Moderna e BioNTech subiram 410,4% e 258,4%, respetivamente, desde o início de março até à passada sexta-feira, segundo dados da Bloomberg consultados pela Lusa.

No dia 02 de março, ainda antes da declaração do surto de Covid-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, como pandemia (no dia 11 de março), as ações da Moderna valiam 29,88 dólares (cerca de 24,63 euros ao câmbio atual) na bolsa de Nova Iorque e as da BioNTech 33,48 dólares (cerca de 27,59 euros).

No encerramento da sessão de sexta-feira, 04 de dezembro, em Wall Street, os mesmos títulos cotavam nos 152,52 dólares (125,70 euros), no caso da Moderna, e 120,00 dólares (98,90 euros) no caso da alemã BioNTech.

A Moderna desenvolveu uma vacina que será fabricada pelo grupo suíço Lonza, ao passo que a BioNTech está a trabalhar com a farmacêutica Pfizer para a fabricação e distribuição da vacina.

A prestação destes distribuidores no mercado foi mais modesta do que a dos desenvolvedores da vacina, com a Lonza a subir 21,2% na bolsa de Zurique (de 448,80 francos suíços [415,26 euros] para 544,00 francos suíços [503,34 euros]) desde 11 de maio, a data em que foi anunciada a parceria com a Moderna, até sexta-feira.

Já a Pfizer valorizou-se em 15,6% desde 02 de março até sexta-feira, passando dos 34,88 dólares (cerca de 28,74 euros) para os 40,34 dólares (33,24 euros)

Também a desenvolver uma vacina para a covid-19 está a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, que desde 02 de março se valorizou em 14,6%, dos 45,87 dólares (37,80 euros), para 53,74 dólares (44,29 euros) na passada sexta-feira.

No entanto, a vacina de Oxford e da AstraZeneca está a ser feita com recurso a uma tecnologia diferente (ChAdOx1, um vetor modificado de adenovírus de chimpanzé) das da Moderna e BioNTech (modRNA, que contêm um mensageiro de ácido ribonucleico), e está em nova fase de testes.

O Reino Unido assinala na terça-feira o início da campanha vacinação para a covid-19.

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, destacou no domingo o “momento histórico” que vai representar o início da campanha de vacinação contra a doença covid-19 no Reino Unido, previsto para terça-feira.

País europeu mais afetado pela crise pandémica, o Reino Unido é o primeiro no mundo a ter autorizado a utilização da vacina anti-covid-19 desenvolvida pelo grupo farmacêutico norte-americano Pfizer e pela empresa alemã BioNTech e será o primeiro país ocidental a iniciar a sua campanha de vacinação.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.535.987 mortos resultantes de mais de 67 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal morreram 4.963 pessoas dos 322.474 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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