A revista estima, em editorial, que os resultados confirmam um “triunfo” da vacina, enquanto um comité de peritos convocado pela agência americana dos medicamentos (FDA na sigla original) começou hoje a rever publicamente os dados da vacina, para recomendar ou não a sua autorização e comercialização.
Os fabricantes da vacina tinham publicado os resultados em comunicado de imprensa a 18 de novembro, e na terça-feira a FDA publicou o seu próprio resumo dos resultados sobre a eficácia e segurança da vacina.
A publicação de hoje confirma a eficácia muito elevada: as pessoas vacinadas tinham um risco 95% menor de contrair a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. A eficácia foi semelhante independentemente da idade, sexo, origem étnica, peso ou presença de patologias.
O estudo confirma também a segurança da vacina. Efeitos secundários como dores à volta do local da injeção no braço, fadiga e dores de cabeça são comuns, mas não foram detetados problemas graves no ensaio clínico, que até agora registou 44 mil pessoas, metade das quais receberam um placebo.
A validação por um painel de revisão composto por cientistas independentes da Pfizer e da FDA é uma confirmação suplementar dos resultados dos ensaios e representa o mais alto nível de validação científica.
Dois responsáveis da revista científica apontam “problemas menores” nos dados, nomeadamente a desconhecimento sobre a capacidade da vacina em prevenir as formas assintomáticas da doença.
Mas concluem: “No entanto os resultados do ensaio são suficientemente impressionantes para permanecerem válidos em qualquer análise. Isso é um triunfo”.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.570.398 mortos resultantes de mais de 68,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.278 pessoas dos 335.207 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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