Segundo o calendário provisório de entrega de vacinas da Pfizer, em dezembro serão entregues 9.750 doses, em janeiro 303.225, em fevereiro 429.000 e em março 487.500
“A informação que temos é que as primeiras vacinas chegarão a Portugal ou dia 24 ou dia 26 de dezembro e estaremos em condições de iniciar a vacinação. Aliás, o que está combinado em termos europeus é que todos os 27 estados-membros iniciarão a vacinação de 27 a 29 de dezembro”, afirmou o coordenador da ‘task force´ para o processo de vacinação, Francisco Ramos, no final de um encontro com jornalistas, em que foi apresentado o “Plano de vacinação Covid”
“O número de doses que vão chegar são 9.700 e, portanto, nessa última semana do ano vacinaremos apenas profissionais de saúde, que são também parte dos grupos prioritários indicados e que são aqueles que queremos proteger, aqueles que nos protegem”, afirmou.
No dia 5 de janeiro, Portugal receberá mais cerca de 300 mil doses, o que quer dizer que durante esse mês há condições para vacinar cerca de 120 mil pessoas residentes em lares e mais cerca de 20 mil profissionais de saúde.
A diferença entre o número de doses de vacinas disponível e de pessoas vacinadas deve-se à necessidade de se guardarem doses para a segunda toma de quem já iniciou o processo.
“Guardaremos de imediato uma dose para todas as pessoas que iniciaram a vacinação, para garantirmos que ela estará disponível para que isso aconteça”, explicou Francisco Ramos.
O coordenador disse ainda a quantidade de vacinas que estava prevista para o primeiro trimestre teve uma redução de cerca de 20%, que será compensada no trimestre imediatamente a seguir, o que representa “um ligeiríssimo atraso no programa de vacinação”.
De acordo com o documento, a norma da Direção-Geral da Saúde sobre a vacinação contra a covid-19 com a vacina da Pfizer/BioNTech será publicada na sexta-feira, em que é definido, entre outras indicações, o esquema de vacinação (duas inoculações separadas por 21 dias).
“Concretiza-se, portanto, o início deste processo de vacinação ansiado por todos há muito, de uma forma como foi prometido e garantido pela União Europeia, em simultâneo nos 27 estados-membros, e que é de facto um fator de esperança e de confiança de que vamos conseguir vencer esta pandemia”, salientou Francisco Ramos.
O coordenador da ‘task force’ ressalvou, contudo, que “é importante (…) dizer a todos os portugueses que isso não significa de forma nenhuma” que existem condições para aliviar as medidas de restrição.
“Ganhamos mais confiança, mas temos que continuar a manter as medidas restritivas de proteção individual que todos já conhecemos e que vamos ter a obrigação de manter por mais uns meses para de facto conseguirmos minimizar os efeitos da doença”, salientou.
“Não podemos baixar a guarda no sentido de evitar a propagação da doença covid-19”, reiterou, salientando: “Vai ser um processo longo, de muitos meses que não conseguimos ainda estimar quando vai terminar, mas o começo ainda em 2020 é certamente um fator de esperança para todos”.
Francisco Ramos anunciou ainda que vão ser realizadas campanhas de comunicação para “reduzir a ansiedade” de quando chegar o momento da pessoa se vacinar.
“Haverá toda a informação e sobretudo o queremos assinalar hoje é a concretização de uma data próxima para iniciar o processo”, mas que “não significa o fim da pandemia, o fim das restrições”, o fim dos problemas.
“Quando muito poderá significar um sinal de confiança de que começamos a ver a tal luz ao fundo do túnel”, que “é extenso”, declarou Francisco Ramos, que esteve acompanhado na reunião dos elementos que constituem a ‘task force’.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,6 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 5.902 em Portugal.
LUSA/HN
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