“Os profissionais têm tido uma adesão à vacinação muito grande, o que dá um sinal de confiança para as pessoas e para os portugueses”, defendeu António Lacerda Sales à margem de uma visita ao centro de vacinação improvisado no Hospital de Portimão.
O governante sublinhou que cada vacina que é administrada a um profissional de saúde é “uma garantia na resposta a cada um dos cidadãos portugueses”, assegurando que essa “mensagem e essa confiança tem passado” para os cidadãos.
Em relação aos números atuais da pandemia de Covid-19 em Portugal, António Lacerda Sales é cauteloso, aditando que “a incerteza é muito grande” apesar de o país estar “numa fase decrescente”, ainda assim com uma incidência ainda alta”.
“Vamos viver um período pós-festas e não sabemos os números que teremos. Estamos a preparar-nos o melhor possível para o que possa acontecer. Garantidamente estamos a preparar-nos para números menos bons, mas se não acontecerem melhor ainda”, declarou.
Questionado pelos jornalistas, o secretário de Estado afirmou que em relação à vacinação dos idosos a estratégia ainda está a ser definida, mas garantiu que quando chegar a altura dos lares, em janeiro, haverá uma “manifesta mensagem de solidariedade na proteção das faixas mais vulneráreis”.
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) iniciou hoje a vacinação contra a Covid-19, prevendo vacinar até ao dia 31 de janeiro os profissionais que cumpram os critérios definidos no plano de vacinação.
Entre hoje a quarta-feira serão administradas 300 vacinas no Hospital de Portimão e mais 600 no Hospital de Faro nesta primeira fase que engloba os profissionais que trabalham “nos cuidados intensivos, nos internamentos covid e na urgência”, afirmou à Lusa a presidente do conselho de administração.
Ana Castro referiu que os restantes profissionais serão vacinados à medida que “forem chegando os outros lotes”, o que deverá acontecer “até ao final de janeiro” de 2021, altura em que considera que já poderão estar a ser vacinados doentes internados que “cumpram os critérios”.
Para a responsável, este “é o princípio do fim” da pandemia para os profissionais e que “recuperar a normalidade” dá ”mais segurança a quem está a trabalhar” .
A médica defendeu que a normalidade será “tão mais rápida quanto as pessoas forem vacinadas, apelando aos utentes para que não tenham medo e que “façam a vacina”, que, à semelhança de outras ao longo de muitos anos, “ajudaram a salvar vidas”.
A campanha de vacinação contra a Covid-19 arrancou no domingo em Portugal, à semelhança de outros países da União Europeia, a vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo Serviço Nacional de Saúde.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.775.272 mortos resultantes de mais de 81,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 6.751 pessoas dos 400.002 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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