Esta manhã chegaram ao Hospital de São João mais 1.500 vacinas contra a Covid-19 destinadas a médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica de serviços referenciados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) como prioritários.
“[Com este lote] ficam todos os profissionais de saúde identificados nos grupos prioritários dentro das regras que foram definidas. Mas os profissionais de saúde que contactam doentes, como um todo, são em si mesmo um grupo prioritário. O nosso objetivo é poder chegar rapidamente a todos. A nossa ambição é fazê-lo o mais rápido possível para proteger os nossos profissionais, porque protegendo os nossos profissionais, protegemos os nossos doentes”, disse Nelson Pereira.
No dia 27 de dezembro, numa operação que durou 10 horas e que envolveu mais de 100 profissionais de vários serviços, o Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ) vacinou mais de dois mil profissionais de saúde.
O plano nacional de vacinação contra a Covid-19 arrancou naquele dia às 10:00 no Hospital de São João com o médico infecciologista António Sarmento a receber pelas mãos da enfermeira Ana Isabel Ribeiro a primeira dose sob o olhar atento da ministra da Saúde, Marta Temido.
À noite, cerca das 20:30, o presidente do conselho de administração do CHUSJ, Fernando Araújo, descreveu o dia como “um sucesso” e revelou que o número de vacinados naquele dia correspondia a cerca de 30% do universo total de profissionais de saúde deste centro hospitalar e a “cerca de metade” do número de pessoas elegíveis por serem consideradas “grupo prioritário”.
Atualmente foram vacinados no Hospital de São João cerca de 2.500 profissionais.
As vacinas que chegaram hoje garantem a vacinação de mais 1.500.
A expectativa é de que estejam vacinados “até ao final da semana cerca de quatro mil”, afirmou hoje Nelson Pereira que falava aos jornalistas à porta da urgência de adultos, local onde alertou para o aumento de número de casos relacionados com o novo coronavírus que este hospital tem registado no rescaldo das festas de Natal e Ano Novo.
“[A vacinação] é naturalmente um motivo de regozijo, é um motivo de satisfação para todos, mas é uma gota de água neste oceano e nesta luta conta a Covid-19 e de todo o processo que vai decorrer ao longo de 2021 para que possamos ter uma imunidade de grupo sólida”, frisou o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva.
À data de hoje estão internados 101 doentes com Covid-19 no Hospital de São João, 46 dos quais na unidade de cuidados intensivos.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,8 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 7.118 em Portugal.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
0 Comments