As duas empresas “firmam um acordo de colaboração e serviço (…) para apoiar a CureVac em muitas áreas”, incluindo a produção e comercialização de uma vacina, facilitando “o fornecimento de várias centenas de milhões de doses “, indica a Bayer, em comunicado, sem especificar as verbas envolvidas.
A CureVac, com sede na cidade alemã de Tuebingen, disse no mês passado que espera ter até final de março os primeiros resultados do estudo clínico de fase III da vacina candidata baseada na tecnologia de RNA (ácido ribonucleico) mensageiro, chamada CVnCoV.
O RNA mensageiro, ou mRNA, é a sequência codificada para um antígeno (substância que desencadeia a produção de anticorpos) específico da doença, que leva o corpo a ter uma resposta imune.
A Comissão Europeia já assinou contrato com esta ‘start-up’ alemã especializada em RNA mensageiro, para a compra de 405 milhões de doses, e o banco estatal alemão KfW adquiriu no ano passado uma participação de 23% na CureVac.
O comunicado da Bayer diz que a companhia “apoiará o desenvolvimento, o fornecimento e as principais operações territoriais” relativas a esta vacina.
A Bayer apoiará a CureVac com operações nos países da União Europeia e “mercados adicionais selecionados” e tem opções para se tornar “titular da autorização de comercialização” em outros mercados fora da Europa, acrescenta.
Franz-Werner Haas, presidente executivo da CureVac, citado no texto, diz que espera que esta aliança ajude a “tornar a vacina candidata CVnCoV ainda mais disponível para o maior número de pessoas possível”.
Em entrevista à AFP em dezembro, Haas explicou que apostava numa vacina contra a Covid-19 mais fácil de armazenar do que as dos seus principais concorrentes, a dupla Pfizer/BioNTech e a empresa Moderna, cujos produtos foram os primeiros a receber autorizações de comercialização.
A vacina candidata da CureVac permanece estável por pelo menos três meses na temperatura de um frigorífico, disse Haas. Na sua atual versão, a vacina da Pfizer/BioNTech deve ser armazenada a -70 graus e a da Moderna a -20 graus.
A vacina da Pfizer/BioNTech também é baseada “na tecnologia de RNA mensageiro” e está autorizada para uso em mais de 45 países, incluindo a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e na UE
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.869.674 mortos resultantes de mais de 86,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela Agência France Presse.
A doença é provocada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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