Segundo os investigadores, registaram-se mais 11.736 mortes no ano que passou comparativamente à média dos últimos cinco anos. Destas, só 59% foram atribuídas à Covid-19.
Dezembro fica marcado como o primeiro mês desde o início da pandemia em que não foi registado um excesso de mortalidade, razão que os investigadores atribuem aos esforços do SNS para recuperar o nível de atendimento anterior à pandemia e à diminuição do número de mortes atribuídas à gripe normal, sendo provável que algumas destas mortes possam ter sido atribuídas à Covid-19.
Ainda assim, o excesso de mortalidade atribuído a causas que não a Covid-19 pode ter várias explicações segundo os investigadores. A primeira é a menor procura e acesso a consultas por parte de doentes crónicos, a segunda é uma redução assinalável no número de exames complementares de diagnóstico realizados, sendo que se coloca ainda a hipótese de que as pessoas tenham recorrido aos cuidados de saúde urgentes com menos frequência e tardiamente.
Ainda assim, Portugal não é caso único na Europa. Uma grande parte dos países Europeus também registou excessos de mortalidade e níveis elevados de mortalidade colateral. Até ao final de maio, Inglaterra e Gales, Itália e Espanha tinham registados proporções de 28,8%, 32,5%, 61,8% respetivamente, enquanto Portugal registava cerca de 49,1%.
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