A compra é resultado de um acordo entre os departamentos de Saúde e da Defesa dos Estados Unidos, e aumentará para 1,5 milhões o número de doses disponíveis no país, o mais afetado pela pandemia em todo o mundo, segundo um comunicado da Roche.
Os medicamentos deste ‘cocktail’ de anticorpos, chamados Casirivimab e Imdevimab, são distribuídos pela farmacêutica Regeneron, no mercado dos Estados Unidos, e pela Roche, no resto do mundo.
A agência de controlo de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou recentemente o uso de emergência desses medicamentos (depois de Trump os ter utilizado, quando esteve contaminado com o novo coronavírus), que são indicados principalmente para pacientes de alto risco (por exemplo, idosos) que apenas apresentem sintomas moderados de Covid-19, não requerendo, portanto, hospitalização.
Segundo a Roche, os EUA fornecerão essas doses sem custo aos pacientes, nos centros de saúde que, no entanto, podem exigir o pagamento de algumas taxas administrativas.
A aquisição destes medicamentos, cujo custo não foi divulgado pela Roche, será concluída durante os primeiros seis meses deste ano.
O Casirivimabe e o Imdevimabe foram desenvolvidos por cientistas da Regeneron para bloquear a infecciosidade do coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença de Covid-19, e estão a ser testados em outros países, como o Reino Unido.
Perante um grande número de vacinas contra a Covid-19, os resultados na busca de tratamentos eficazes contra a doença têm sido menores, e alguns deles, inicialmente aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foram posteriormente abandonados, por falta de eficácia.
O mais eficaz, por agora, é o Dexametasona, um corticosteroide muito acessível no mercado internacional (que aparentemente também foi dado a Trump), mas que está recomendado apenas para o tratamento de casos graves de Covid-19.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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