De acordo com informação do Governo de Cabo Verde, este centro resulta de uma parceria com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, “com o intuito de evitar a evacuação de doentes para o exterior do país”, para a realização de hemodiálise.
Trata-se de um investimento de 210 milhões de escudos (1,9 milhões de euros), financiado pelo Governo cabo-verdiano pelo instituto Camões (em 36%, cerca de 680 mil euros), tendo uma capacidade de tratamento de 19 postos normais e três especiais, “com possibilidade de dialisar, num turno, 35 doentes”.
O centro contará ainda com o apoio de três médicos especialistas e 15 enfermeiros, e “irá acolher doentes oriundos principalmente das ilhas de Barlavento, cuja estimativa corresponde a 40% do número total de doentes de hemodiálise no país”, sublinha o Governo.
A inauguração será feita na terça-feira, na cidade do Mindelo, pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, juntamente com o embaixador de Portugal em Cabo Verde, António Moniz, e o presidente do instituto Camões, João Ribeiro de Almeida.
Em 2017, Portugal e Cabo Verde tinham assinado um protocolo através do qual a cooperação portuguesa atribuiria 400 mil euros para a construção deste centro, mas Cabo Verde solicitou depois um reforço da verba, conforme acordos assinados pelos governos dos dois países em 2019.
Em Cabo Verde existe um centro de hemodiálise, a funcionar no Hospital Dr. Agostinho Neto, na cidade da Praia, também cofinanciado pela cooperação portuguesa. Este centro, que começou a funcionar em 2014, atingiu o ponto de rutura no acolhimento de doentes em 2018, tratando 140 pessoas que necessitam de fazer hemodiálise.
LUSA/HN
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