APAH diz que “hora é grave” e que Ministério da Saúde tem de liderar resposta

19 de Janeiro 2021

A Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) considerou esta terça-feira que “a hora é grave” e que compete ao Ministério da Saúde liderar a resposta à crise, garantir tranquilidade à população e coordenação e ativação de meios no terreno.

“A hora é grave. É necessário manter a clareza do propósito. As dificuldades ultrapassam-se com medidas coordenadas e concretas”, defendem os administradores hospitalares em comunicado.

“A solução não pode ser limitada a medidas restritivas das liberdades individuais. É nossa responsabilidade reconhecer a diferença e comunicar de forma segmentada, promovendo comportamentos adequados por parte dos diferentes grupos populacionais”, defende a associação no comunicado.

Para a APAH, “o único instrumento que o sistema de saúde tem para controlar a pandemia – o rastreio ativo de contactos – deve ser, de uma vez por todas, capacitado em termos de meios humanos”, seguindo as instruções da Organização Mundial da Saúde e do Centro Europeu de Controlo de Doenças.

Este reforço, defende, deve ser maximizado através do alargamento dos meios de diagnóstico.

Segundo a APAH, “os meios hospitalares devem ser coordenados, profissionalmente, em rede, considerando a ativação em larga escala de respostas alternativas ao internamento hospitalar, e operacionalidade permanente da resposta urgente/emergente”.

A associação alerta ainda para as condições de trabalho “tremendamente difíceis” dos profissionais de saúde, considerando que lhe é “devido apreço, gratidão e total solidariedade”.

“É nossa obrigação contribuir para que exerçam as suas funções com este nosso conforto”, sustentam os administradores hospitalares.

“Dentro de circunstâncias particulares, em cada organização estão profissionais a dar o seu melhor”, cabendo ao Ministério da Saúde “liderar a resposta à crise, garantindo tranquilidade à população, e coordenação e ativação de meios no terreno”, advoga a APAH.

“Compete a todos nós trabalhar ativamente para que esta difícil etapa seja ultrapassada com o menor número de vítimas”, afirmam.

Segundo dados da Direção-Geral da Saúde, Portugal ultrapassou na segunda-feira os 5.000 mil internamentos por Covid-19, dia em que estavam internadas 5.165 pessoas em enfermaria devido à covid-19 e 664 em unidades de cuidados intensivos.

Em Portugal, já morreram 9.028 pessoas dos 556.503 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

ADSE aumenta reembolsos pelas consultas e revê preços em 2025

A ADSE avançou com mudanças para dar mais benefícios em 2025, nomeadamente um limite aos custos suportados com cirurgias no regime convencionado, um aumento dos reembolsos pagos pelas consultas no regime livre e a revisão de alguns preços.

MAIS LIDAS

Share This