Em causa está um sistema de monitorização ‘online’ hoje publicado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa), tendo como base a informação atualizada dada àquela agência europeia pelos países, que revela que até hoje foram administradas 8.230.414 vacinas contra a covid-19 na UE e no Espaço Económico Europeu.
No que toca a Portugal, o país tem das percentagens mais baixas relativamente à administração da primeira dose, ao fixar-se nos 1,6%, apenas superado pelos Países Baixos (1,5%), Letónia (1,1%), Chipre (0,9%) e Eslováquia (0,5%). Para a Dinamarca não é apresentada qualquer percentagem.
Segundo os dados do ECDC, Portugal já recebeu 338.290 doses de vacinas contra a covid-19, tendo administrado 166.658 para a primeira dosagem, isto tendo de novo por base a informação prestada à agência europeia (os países apenas têm obrigação de notificar a estrutura a cada 15 dias).
Numa informação publicada há uma semana pela Direção-Geral de Saúde nas redes sociais, era indicado que tinham sido, até essa data, administradas 249.891 vacinas em Portugal, número que incluiria a primeira e a segunda dose.
Nos dados hoje publicados pelo ECDC, a liderar a lista de países mais avançados na primeira dose da vacinação contra o SARS-CoV-2 está a Irlanda (11,5%), Islândia (3,8%), Malta (3,7%), Finlândia (3,1%), Eslovénia (3%) e Polónia (3%).
De momento, estão a ser administradas na UE as vacinas da Pfizer-BioNtech, que está a ser utilizada desde final de dezembro passado, e a da Moderna, em uso desde meados deste mês no espaço comunitário, ambas assentes na tecnologia do ARN mensageiro.
No final da semana passada, o regulador europeu deu ‘luz verde’ à vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca com a Universidade de Oxford, que está envolta em polémica devido aos problemas de fornecimento.
Em Portugal, têm-se também registado polémicas sobre vacinação fora dos grupos prioritários.
Em comunicado, a diretora do ECDC, Andrea Ammon, observa que este instrumento hoje divulgado para rastrear vacinas permite uma “visão quase em direto do progresso da vacinação na Europa”.
“As campanhas de vacinação não devem ser vistas apenas como uma corrida para os maiores números à velocidade mais rápida [já que] à medida que o lançamento avança, as estratégias de vacinação terão de ser flexíveis e adaptáveis”, vinca Andrea Ammon, apelando a uma notificação mais frequente por parte dos países.
LUSA/HN
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