Estado brasileiro da Bahia decreta recolher obrigatório

17 de Fevereiro 2021

O estado brasileiro da Bahia, o quarto mais populoso do país com 15 milhões de habitantes, decretou um recolher obrigatório para conter a propagação do novo coronavírus.

A partir da próxima sexta-feira é imposto recolher obrigatório entre as 22:00 (01:00 em Lisboa) e as 05:00 (08:00 em Lisboa).

O governo regional informou que o movimento de pessoas será restrito e determinou o encerramento de serviços não essenciais durante sete dias à noite, com exceção das regiões de Irecé e Jacobina, as únicas no estado que reduziram o número de ocupações de unidades de cuidados intensivos (UCI).

“É uma medida que precisamos de tomar para conter as taxas de infeção e o número de casos ativos, que hoje em dia excedem 15.000. É uma forma de conter o avanço deste número alarmante que, se continuar a crescer, conduzirá ao colapso total do sistema de saúde”, indicou o governador, Rui Costa, numa declaração.

O governador reiterou que o regresso das aulas dependerá da redução dos casos ativos, do número de mortes e da taxa de ocupação da UCI, que é de 74%.

O anúncio coincide com o de Salvador, a capital regional, que na terça-feira suspendeu a vacinação da primeira dose por falta de imunizadores, uma situação que também levou Cuiabá e Rio de Janeiro a tomar a mesma decisão.

As três capitais, contudo, têm stocks da segunda dose para pessoas que já tenham recebido a primeira dose.

O Brasil, um dos epicentros mundiais da pandemia de Covid-19, ultrapassou as 240.000 mortes associadas à doença, depois de contabilizar 1.167 óbitos nas últimas 24 horas, enquanto os casos confirmados se aproximam dos 10 milhões.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o número total de mortes é agora de 240.940, enquanto o número de pessoas infetadas pelo coronavírus SARS-CoV-2 atingiu 9.921.981, após as autoridades terem confirmado 55.271 novos casos desde segunda-feira.

No mundo, a pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.408.243 mortos, resultantes de mais de 109 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Lusa/HN

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